Em cinco dias, mais de 668 mil eleitores vão às urnas nos 23 municípios da região para eleger seus prefeitos e vereadores. Parte destes eleitores continua indecisa e irá definir seu voto ao longo dos próximos dias. Para os candidatos, o desafio é convencer os eleitores através de propostas que contemplem as necessidades de suas cidades.
O confronto de ideias é saudável e enriquece o debate político. Já as picuinhas e os ataques empobrecem o ambiente democrático. Podem gerar bons cortes para as redes sociais, mas é isso que o eleitor quer ver? É isso que nossas cidades precisam?
Nestes últimos dias, os candidatos têm a oportunidade de mostrar o que de fato podem fazer por nossas cidades. Mais do que “o que” pretendem fazer, precisam mostrar o “como” vão fazer, através de propostas com estratégias realistas que contemplem as diversas necessidades dos municípios.
Os candidatos têm, de fato, um plano estratégico para a atração de investimentos? Quais eixos serão priorizados dentro de um projeto de desenvolvimento? Na infraestrutura, quais são as estratégias para garantir melhorias de longo prazo, com obras que não precisem ser refeitas de tempos em tempos?
Na saúde, como de fato acabar com as filas e garantir a sustentabilidade da rede de saúde, das UBSs aos hospitais? Na educação, o que será feito para ampliar as vagas de forma permanente? Diante das mudanças climáticas, como de fato tornar a cidade preparada para os fenômenos climáticos, respeitando o meio ambiente?
É preciso muito mais do que propostas vagas, e os eleitores merecem conhecer o que os candidatos têm de melhor. Que os próximos dias sejam propositivos e que a pauta seja o futuro que queremos como sociedade.
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Boa notícia às vésperas da eleição
Uma das principais pautas dessa eleição, o déficit no orçamento da prefeitura de Pelotas teve redução, conforme anunciou ontem a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB). Segundo Paula, o déficit de R$ 282 milhões previsto no orçamento deste ano caiu para R$ 54,5 milhões este mês.
Essa nova projeção representa um desafogamento nas contas do município, que não é o único a passar por uma situação financeira frágil. À época em que o déficit de R$ 282 milhões foi previsto, o secretário da fazenda, Cristian Kuster, atribuiu a soma à queda de arrecadação, em especial a partir dos cortes de ICMS. Entre as ações adotadas pelo governo, estavam o contingenciamento de gastos e ajustes nos orçamentos das secretarias.
O anúncio é uma boa notícia para a cidade – sobretudo para a campanha tucana a poucos dias das eleições, o que certamente não é uma coincidência. Independentemente de quem for eleito prefeito, receberá um governo com as contas em situação menos catastrófica. Esperamos que as finanças de Pelotas melhorem para além das eleições.
