Pery Machado é atração no Theatro Sete de Abril
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira30 de Outubro de 2024

Memórias

Pery Machado é atração no Theatro Sete de Abril

Espetáculo foi fonte de uma crônica da historiadora Heloisa Assumpção Nascimento

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Atualizado segunda-feira,
15 de Julho de 2024 às 14:36

Pery Machado é atração no Theatro Sete de Abril
Violonista causava boa impressão também pelo porte físico (Foto: Reprodução)

Em uma noite fria do mês de julho de 1924 o Theatro Sete de Abril foi palco para uma apresentação do violinista brasileiro Pery Machado. Músico de projeção nacional e internacional, Machado fazia uma excursão pelo Rio Grande do Sul e tinha acabado de fazer dois recitais em Rio Grande. Neste mesmo mês o instrumentista seguiu a turnê para Montevidéu e Buenos Aires.

Há 100 anos

No livro Nossa cidade era assim, a professora e historiadora Heloísa Assumpção Nascimento registra o fato: “Alto, elegante na sua casaca de recitalista, cabeça bem talhada e poderosos olhos azuis, no palco era uma figura impressionante“.

Afinal chegou em Pelotas o violinista famoso. A cidade já se encontrava motivada pela imprensa brasileira, que o considerava ‘o maior violinista da América Latina‘”. Machado aperfeiçoou sua técnica na Alemanha, na escola Karl Flesch e Willy Hasse. Por lá, o músico recebeu elogios ao tocar junto as orquestras de Gewadhaus, de Leipzig, e Singakademie, de Berlim.

Registra a autora em sua crônica, que o violinista foi acompanhado ao piano pela sua irmã Elsita. O músico ainda fez uma apresentação no Theatro Guarany e, posteriormente, voltou a se apresentar em Pelotas, tocando no Conservatório de Música.

O Theatro Sete de Abril, erguido em 1834, “serviu de abrigo para diversos estilos de manifestações culturais, entre elas as apresentações de companhias de operetas e zarzuelas; companhias teatrais; concertos e recitais de música e poesia; espetáculos beneficentes de toda a espécie; palestras políticas, além do próprio cinematógrafo que desde o início do século 20 caiu no gosto dos pelotenses“. A casa encontra-se fechada há 14 anos e atualmente aguarda a fase final do processo de restauro.

Fontes: Nossa cidade era assim, de Heloísa Assumpção Nascimento, e site teatrosetedeabril.com.br

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