Após a comemoração pela classificação à semifinal da Divisão de Acesso, Ariel Lanzini adotou tom equilibrado na entrevista coletiva em Vacaria. O treinador do Pelotas exaltou a força do grupo para levar a melhor nos pênaltis, mas disse não ter aprovado a performance ofensiva da equipe, em especial nos 45 minutos iniciais no estádio Altos da Glória.
O técnico ainda aproveitou para reclamar de um suposto erro da arbitragem em lance dos acréscimos da primeira etapa, quando o árbitro Wagner Echevarria invalidou gol de Yuri por toque de mão do zagueiro do Lobo.
“Principalmente na primeira etapa não fomos tão bem ofensivamente. Na minha visão, tivemos um gol mal anulado. Ao meu ver a bola bateu na mão do adversário. A gente não viu no vídeo ainda. […] Isso não é desculpa, não produzimos tanto. No segundo tempo a gente conseguiu crescer no jogo, o Glória acabou baixando as linhas. Tivemos três chances claras e gostei mais da produção ofensiva na segunda etapa, mas não estou tão feliz com o jogo“, afirmou.
Análise e sequência
Lanzini disse também que o momento é de ter tranquilidade para avaliar o desempenho diante do Glória, já de olho no mata-mata que vale um acesso à elite gaúcha contra Inter-SM ou Veranópolis. Por outro lado, ele exaltou o desfecho positivo.
“São situações que a gente tem que ter calma para poder avaliar o próximo confronto. É ter calma, avaliar os pontos, ver por que o desempenho não foi tão bom apesar do resultado e da classificação. Mas nesse momento o que importa é a classificação. A gente havia treinado pênaltis durante a semana porque sabia das possibilidades e que isso poderia acontecer”, comentou.
Coletividade e pênaltis
Perguntado sobre o que esta eliminatória agrega ao Pelotas para os dois jogos que separam o clube do acesso, o treinador citou a dedicação do grupo e a coletividade.
“Fica a questão da entrega. Eu falo bastante para eles isso: quem ganha o jogo é a equipe, mas quem consegue os objetivos é o coletivo, o grupo. O Léo Ferraz entrou só para bater pênalti e acabou fazendo o último pênalti. São adversidades, a gente vai calejando a equipe para avaliar erros e acertos para conseguir o tão sonhado acesso”, disse Ariel Lanzini.
O técnico do Lobo garantiu que os cinco batedores foram aqueles de melhor aproveitamento nos treinos – Vitor Júnior, Christianno, Adryel, Yuri e Léo Ferraz. Os dois primeiros desperdiçaram, porém os demais converteram e, com uma defesa de Allan Thiago além de dois chutes do Glória para fora, o Áureo-Cerúleo avançou.
“A gente pediu só tranquilidade para bater da maneira que treina. Quem bateu foram os melhores do treino. A gente tinha uma lista de quem treinou melhor na semana. Todos estavam dispostos a bater. Todos os jogadores que a gente colocou na lista pediram para bater e acabamos saindo com esse êxito”, disse Ariel.
