Criada pelo músico Sady Homrich, a Feijoada do Gordo retorna neste domingo (16) e desta vez com caráter beneficente. O evento que une “boa música”, como salienta o baterista, e gastronomia vai ter renda revertida para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan). A festa que começa a partir das 12h, no Clube Caça e Pesca, em Pelotas, com diferentes atrações musicais, não tem hora para acabar.
Até o final da manhã de ontem restavam poucos ingressos para o evento completo (festividade e almoço), porém quem não conseguir comprar o seu terá a oportunidade de ir e curtir as atrações musicais, a partir das 15h, com entrada a R$50,00. Vendas exclusivamente pelo site Sympla.
A Feijoada do Gordo começou em 2007 e teve mais três edições na sequência até 2010. O desejo de retomar o evento, mas com esse espírito solidário, foi estimulado pelo título que Homrich conquistou em junho do ano passado. “Fui condecorado como cidadão pelotense, nasci em Porto Alegre, mas sempre tive muita ligação com a cidade por questões de família e por causa da Quinzena Gastronômica”, diz.
Homrich conta que conheceu de perto o trabalho da Aapecan e ficou encantado, por isso escolheu esta entidade para ser beneficiada com a ação cultural. “É um trabalho muito bacana, que me identifico muito”, conta.
Celebração à vida
Mas a festa, antes de qualquer outro propósito, nasceu como forma de celebração à vida e ao reencontro com os amigos. Antes de se tornar baterista da banda Nenhum de Nós, em Pelotas, mais precisamente no Laranjal, que Homrich começou na música. “Comecei tocando sambão na praia do Laranjal, no final dos anos 70, início dos 80. Era a maneira que a gente tinha de se manifestar, vivíamos uma ditadura ainda”, relembra.
Esses amigos se reencontraram no início dos anos 2000, em Porto Alegre, eventos que se tornaram um embrião da Feijoada do Gordo. “Resolvi fazer a feijoada aqui no Laranjal, como uma maneira de todos voltarem ao início”, relembra.
Nesta trajetória o baterista conheceu expoentes do samba e da MPB local, como Sólon Silva, Os Saraivas, Amâncio, Emerson Nunes e o Renascença, assim como a bateria Chica da Silva e Henry Oppelt. Artistas de diferentes gerações, que estarão presentes no evento.
Para o realizador será uma oportunidade para se ter um panorama do que se faz de música popular em Pelotas hoje. Independentemente se for samba ou rock, para o músico o que existe é “música boa”. “Para mim existem só dois estilos de música, a boa e a ruim, a boa é a que eu gosto”, brinca.
Homenagem
E ao que parece o público da Feijoada estava com saudade do evento, que foi preparado para receber 400 pessoas. O ingresso para o almoço e o samba custa R$115, 00 e dá direito também a uma camiseta e um copo, ambos com arte da identidade visual do evento.
O cardápio terá o comando do renomado chef Bryan Chaplin e equipe do Senac, preparando a típica feijoada com sabor e identidade. O bar estará preparado para os mais diversificados gostos, com uma carta que contempla desde cervejas, drinks, vinhos, espumantes e opções sem álcool para passar o dia hidratado.
A programação musical começa por volta do meio-dia, com a turma do Regional Laranjal, projeto Renascença e Bateria Chica da Silva. A data é também de homenagem ao jornalista Sérgio Cabral. A festa tem a chancela de diferentes empresas que apoiaram a sua realização.
Encontro com o cartunista
Na manhã de ontem, o cartunista e professor universitário André Macedo, que fez a arte do projeto deste ano e da segunda edição, com Homrich. Apesar de ter feito duas caricaturas do baterista, a dupla não se conhecia pessoalmente.
Macedo aproveitou para presentear o músico com livros e uma reprodução do personagem Libório, que o próprio cartunista fez.
Prestigie
O quê: Feijoada do Gordo
Quando: domingo (16), a partir das 12h
Onde: Clube Caça e Pesca, avenida Adolfo Fetter, 400
Ingressos: plataforma Sympla – R$ 115,00*
Com camiseta e copo personalizado*.
*Retirada: hoje, das 9h às 18h e amanhã, das 9h às 12h na Farmácia Natura, rua 15 de Novembro, 610. No dia do evento somente no clube.
