Paisagens de Gotuzzo arrebatam a crítica no Rio de Janeiro

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Paisagens de Gotuzzo arrebatam a crítica no Rio de Janeiro

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Há 100 anos, o pintor pelotense Leopoldo Gotuzzo deu início a uma nova exposição, na Associação do Comércio, no Rio de Janeiro. O artista expôs 70 trabalhos em diferentes técnicas, como aquarela, óleo, pastel e sanguíneo. Em Pelotas, o jornal A Opinião Pública reproduzia uma crítica publicada no Jornal do Brasil, de setembro de 1924.

Parte importante da obra de Gotuzzo está no Museu da UFPel (Foto: Reprodução)

“Não há ninguém nesta cidade (Rio de Janeiro) que aprecie a pintura, que não conheça as obras de Gotuzzo e que não reconheça seu valor artístico”, elogiava a publicação. Nesta mostra, o pelotense apresentou uma coleção de pinturas que incluíam: paisagens, marinhas, figuras, nus, desenhos e composições. “As paisagens são admiráveis, de um colorido real; reproduções de aspectos locais de uma fidelidade assombrosa”, descrevia a crítica.

Tema é destaque no Malg/UFPel

Olhar peregrino faz recorte no acervo (Foto: Fábio Galli)

Desde a semana passada, o Museu, da Universidade Federal de Pelotas (Malg/UFPel) que leva o nome deste artista e guarda precioso acervo do pelotense, expõe telas do patrono produzidas entre 1918 e 1942, com a temática de paisagens. Olhar peregrino: percursos de Gotuzzo através da paisagem é o título da mostra de longa permanência. A visitação vai até 27 de abril de 2025.

Hoje, às 16h, a curadora Ana Carla Brito participa do projeto Conversa de Museu sobre a exposição. A medição é da professora e pesquisadora Raquel Azambuja Santos, autora da tese Leopoldo Gotuzzo e a constituição do Malg (1887-1986). A entrada é franca.

O Malg, que fica na praça 7 de Julho, em frente ao Mercado Central, abre ao público de terça a sábado, das 12h30min às 18h.  

Fonte: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Conservatório tem recital de Rio Novello

O barítono italiano Rio Novello se apresentou no Conservatório de Música no dia 23 de setembro de 1974. Os ingressos foram vendidos nas lojas Bazar Edson e Casa Beiro e o evento foi promovido pelo coral da UFPel em parceria com a prefeitura, com o patrocínio do Grupo Joaquim Oliveira. 

Rio Novello, que na época residia na Alemanha, fez apresentações em quase todos os países do mundo, incluindo casas de espetáculos famosas como o Scala de Milão. O barítono era casado com a soprano brasileira Neyde Thomas.

Nascido na Umbria, Novello era formado pelo Conservatório Francisco Moriacchi de Perugia. O artista começou sua incursão pelo Brasil em 1952, quando foi contratado pela Rádio Gazeta de São Paulo, para atuar por três meses. Bem-sucedido por aqui, trabalhou na emissora por cinco anos. 

Em 1959, contratado pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), veio ao Rio Grande do Sul para interpretar Carmina Burana, aproveitando a oportunidade, junto com Neyde Thomas, fez uma turnê por 26 cidades gaúchas. O casal influenciou e formou uma geração de novos cantores líricos no Brasil.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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