Em 2024, o Brasil disputou 30 partidas oficiais entre Campeonato Gaúcho e Série D. Ao todo foram 11 vitórias, nove empates e dez derrotas. Apesar dos números não impressionarem, o clube alcançou os objetivos mais viáveis dentro de campo. No Estadual terminou em sétimo entre 12 times, garantindo vaga para a quarta divisão nacional do ano que vem. Já na Série D foi eliminado nas oitavas de final.
O vice de futebol do Xavante, Emerson Novelini, conversou com a reportagem do A Hora do Sul sobre como foi a temporada rubro-negra, os próximos passos da atual gestão e sobre renovações de contrato.
De acordo com Novelini, o balanço dentro de campo foi positivo. Ele relembra quando assumiram o cargo em outubro do ano passado precisando montar uma equipe do zero para a disputa do Campeonato Gaúcho. “Não tinha treinador, não tinha comissão técnica, não tínhamos nada. Começamos um trabalho do zero e sob bastante desconfiança. Como a gente não tinha muito recurso financeiro, a gente teve que usar a força da camisa do Brasil como moeda de troca para conseguir contratar jogador. Então a gente acabou contratando jogadores não tão conhecidos no cenário gaúcho, que ainda não tinham jogado Campeonato Gaúcho, mas acertamos nas contratações e fizemos um bom trabalho no Gauchão”, disse.
Desempenho na Série D
Depois do Estadual, o Brasil trocou de treinador e trouxe alguns jogadores. Já na Série D o início foi tumultuado para o Xavante. Depois de apenas uma rodada, as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul fizeram a equipe ficar mais de um mês sem entrar em campo. Com calendário apertado, o Brasil oscilou até a saída de Alessandro Telles. Chegou Marcelo Caranhato e o desempenho da equipe dentro da competição mudou.
“A gente teve muita turbulência pelo meio do caminho. A gente teve uma troca de comando que não esperávamos fazer, mas a chegada do Caranhato deu uma nova vida, uma nova esperança ao grupo, o pessoal entendeu o trabalho dele. A gente conseguiu sair da lanterna para segundo do grupo, se classificar e ficar entre os 16 melhores. Infelizmente no final a gente já vinha com a corda esticada há muito tempo. A gente tinha que estar jogando próximo do 100% para conquistar os objetivos. Aí foi uma série de fatores: cansaço, lesão, a qualidade técnica do adversário [Brasiliense]. Tudo isso levou a gente a não conseguir passar para o jogo do acesso. Acho que a temporada foi excelente para nós”, completou.
Acertos financeiros com os jogadores
Desde o começo desta semana, a direção xavante está focada em acertar as pendências financeiras com os jogadores. Novelini explica que será impossível fazer os pagamentos em uma única parcela, mas que o plano é que tudo esteja pago até novembro para que a próxima direção não precise arcar com pagamentos do futebol deste ano.
“O próximo passo é fazer os cálculos do que todo mundo tem direito a receber e começar a pagar eles. Os jogadores sempre foram a prioridade da diretoria. A gente sempre fez de tudo para honrar os compromissos com eles. Então agora a gente não pode baixar a guarda neste quesito. Vamos fazer as contas de tudo que tem para receber”, afirmou o dirigente xavante.
