Onze partidas disputadas com dez vitórias e um empate, sem nenhum gol sofrido: assim foi a campanha de Robson Bauer, da Associação de Futebol de Mesa (AFM), de Pelotas, no Brasileiro de Futebol de Mesa. Jogando em casa, no Círculo Operário Pelotense (COP), Bauer conquistou o bicampeonato nacional da modalidade 1 Toque Liso, entre os dias 20 e 23 de novembro.
Foram 102 competidores no evento organizado por Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM), Federação Gaúcha de Futebol de Mesa (FGFM) e o próprio COP. Dezenas de participantes vieram de outros estados, como a Bahia, que nos últimos anos vem dividindo os títulos nacionais com botonistas gaúchos. O título de Bauer, entretanto, é o quarto consecutivo para o Rio Grande do Sul.
Em entrevista à Rádio Pelotense 99,5 FM, o bicampeão comentou o feito de não ter tido a meta de seu time vazada. No gol esteve Pateta, nome gravado na equipe com o escudo do Vasco da Gama, uma entre as várias da coleção.
“Tem jogador mais agressivo, que vai mais para o ataque, é mais arriscado nas jogadas, e tem jogador que tu já sabe que não é tanto. Muitas vezes tu muda a estratégia em função da vantagem ou não e em função do adversário também”, afirmou.
As diferentes modalidades
O futebol de mesa tem dois estilos – liso e cavado. No primeiro, cada botão tem uma superfície de baixo totalmente lisa, o que dificulta o controle da velocidade. No segundo, como existe um buraco embaixo e um orifício para sair o ar dos botões, caso seja aplicada sempre a mesma força, o botão vai parar no mesmo lugar. Pelas regras oficiais, a mesa possui 2,2 metros por 1,6 metro, e na modalidade só é possível dar um toque de cada vez.
“No cavado, que tu tem um controle maior, consegue cobrir a bolinha. No liso já não tem como. Até pode, mas é muito mais difícil. Ninguém tenta, então tu dá o que a gente chama de ‘tapa’. Joga a bola mais para a lateral ou linha de fundo. E aí começa essa estratégia. Costumo dizer que o futebol de mesa, nesse nível, é um xadrez com habilidade manual”, compara Robson Bauer.
Realidade em Pelotas
Cinco associações pelotenses têm o futebol de mesa: AFM, APFM, UPFM, Arena A Gol e Círculo Operário. No caso da AFM, cuja sede é na rua General Neto, 622, reuniões ocorrem todos os sábados à tarde. Mas a preparação para competições é diferente, indo além da parceria e da confraternização características. “[Antes de competir] A gente treina fundamentos, jogadas. E faz partidas também. Faz uma preparação mais fortificada para um campeonato desses”.
O bicampeão brasileiro estima que um botão custe, em média, R$ 50. Para ter ao menos um time, com dois reservas, o preço seria de aproximadamente R$ 600.
