
Giovanna Flores, idealizadora do projeto
Moradores e visitantes da praia do Laranjal podem desfrutar de uma nova atração: a Feira Pé na Areia. O evento acontece todos os domingos, das 8h às 19h, próximo ao trapiche. Inspirada em brechós e bancas de artesanato, como os realizados na Praça Coronel Pedro Osório, a feira busca levar essa cultura até a beira da Lagoa dos Patos. A iniciativa foi idealizada por Giovanna Flores, cantora e organizadora do Estilo Flores Brechó.
Como surgiu a Feira Pé na Areia? Qual é a proposta do evento?
Acabamos de começar, foi em setembro. Temos a expectativa de seguir durante o ano todo, porque aqui na praia costuma ter esse tipo de evento só no verão, para turistas, e queremos fazer mais para o pessoal daqui da praia. Porque eu cresci aqui, morei aqui a minha vida inteira, e sei que quem mora aqui, estuda aqui, trabalha aqui, não vai para o Centro nem tem acesso a esse tipo de coisa.
Quem compõe o grupo de expositores? De onde eles vêm?
A nossa feira ainda é pequena. Ainda temos poucos expositores, até por conta do deslocamento até aqui, mas já tivemos muita gente que afirmou que vem no verão. Então, acredito que a feira vai crescer muito. Temos expositores de toda a cidade: gente da praia, do Centro e até de Capão do Leão e Pedro Osório. Pessoas que estão com a gente desde o início e não perdem uma feira desde então. No início, estava difícil o pessoal conhecer o evento, mas agora já tem gente que procura saber sobre. Eu divulgo muito em
grupos, e o pessoal que passa caminhando na praia já conhece a feira, sabe que acontece todo domingo
Quais são os planos para crescimento?
Queremos ampliar e fazer eventos maiores. Porém, ainda temos poucos expositores, então fica difícil conseguir pagar grandes atrações. Queria fazer um evento geek, de K-pop, levar música ao vivo, fazer isso uma vez por mês. Trazer esse tipo de atividade para a praia. Porém, para isso, vamos precisar de patrocinadores. Estamos em busca de apoio, principalmente aqui da praia, mas pessoas do Centro também podem patrocinar da forma que conseguirem: dinheiro, estrutura, som, equipamentos, água para os expositores, o que for.
Quais são as expectativas de movimento durante o verão? Qual o diferencial da feira?
O pessoal que participa sempre fala: ‘Nossa! Como está bom o movimento!’, e eu digo que, no verão e nas férias, triplica. Eu coloco o meu brechó e sempre vendo. O pessoal gosta muito da feira, acho até engraçado isso. Todo mundo fala que vai voltar e segue indo. Isso é uma coisa que não via em outras feiras. É um ambiente amigável, familiar; estamos criando uma amizade, sempre unidos, nos ajudando. Está se tornando uma feira com uma energia que nunca vi em nenhuma outra. É muito legal, tanto para nós quanto para as pessoas que estão visitando. E não tem comparação: como é lindo aquele lugar com a praia atrás, a paisagem maravilhosa do trapiche – vira uma coisa muito especial.
