Considerado um dos principais treinadores de turfe do Rio Grande do Sul, entre as décadas de 1980 e 2000, o rio-grandino Rubens Freitas será homenageado neste domingo (26) no Jockey Club de Pelotas com um clássico disputado em seu nome. A prova faz parte das celebrações dos 90 anos do ex-treinador que venceu mais de mil provas ao longo da carreira. A programação do dia conta, ainda, com outros três páreos com início previsto para às 14h. A entrada é gratuita.
Antes de ser treinador, R. Freitas teve uma curta carreira como jóquei no Hipódromo da Vila Miguel, em Rio Grande, entre 1952 e 1953. Décadas depois, em 1980, assumiu as cocheiras do cunhado, o treinador Arlindo Rodrigues e, a partir daí, construiu uma história singular ao vencer todos os grandes prêmios do interior do estado, alguns deles mais de uma vez.
O GP Cidade do Rio Grande, por exemplo, conquistou duas vezes e, em uma delas, os três primeiros colocados foram treinados por ele. Ganhou também o GP Cidade de Bagé e o GP Cachoeira do Sul. Mas foi em Pelotas que R. Freitas se consagrou ao vencer quatro vezes o GP Princesa do Sul e conquistou seis segundos lugares e um terceiro. Os títulos vieram com Canadian Hope (1996), John Troyanos (1999), Autobelle (2001) e Hard Back (2002).
“Era um treinador dos mais competentes, uma personalidade fortíssima, um homem muito querido por todos, só deixou amigos e agora recebe essa justa homenagem. Foi o último vencedor do GP Cidade do Rio Grande, disputado na Vila São Miguel, com Calma e Fúria e fez história em Pelotas”, diz Rogério Alves, comentarista de turfe e narrador oficial do Jockey Club de Pelotas desde a década de 1980.
Um clássico com atração internacional
Disputado na distância de 1,6 mil metros, o Clássico Rubens Freitas reunirá seis dos melhores animais alojados em Pelotas. São eles: o trio do Stud Kategoria, Eco Alpha, Callejero e Maranhão; o campeão do GP Cidade do Rio Grande 2025, Fera do Manno do Stud Lobão de Pelotas; Atrevido da Lagoa, de Paulo Laurindo; e Jeep do Jagaretê, de César Hax.
Entre os jóqueis escalados a atração está Maikon Mesquita, 23 anos, que começou sua carreira como aprendiz em Pelotas, em 2018 e, depois de profissionalizar-se no Rio de Janeiro, montou em São Paulo e hoje está na Oceania. O retorno de M. Mesquita carrega uma forte carga de emoção para os profissionais e fãs do turfe pelotense, pois em 2024, ele sofreu um gravíssimo acidente durante uma prova na Gávea e, correu o risco de nunca mais voltar a montar. A torcida pela recuperação do jovem talento mobilizou os fãs do esporte no estado e no Rio e seu retorno é visto, por muitos, como um milagre do esporte.
Também estão confirmados para o clássico Kauã Rodrigues, Bárbara Andretta, o carioca voador Henrique de Oliveira, o rei das retas Vagner Montes e o experiente José Antonio Rodrigues.
