Temas como violência, racismo, vidas trans e fascismo motivaram o evento organizado pela Frente Feminista 8M, neste sábado (8), Dia Internacional da Mulher. Representantes de diferentes entidades de classe e simpatizantes da causa atenderam ao chamado da organização e se concentraram na praça Coronel Pedro Osório, para debater e protestar. O ponto alto da ação, a marcha Mulheres contra a exploração de classe e todas as opressões, saiu por volta das 16h45min, porém teve de ser interrompida por causa do temporal.
O evento também celebrou os 33 anos do Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas. “Quando a gente vai a rua poucas vezes são para celebrar”, comentou a coordenadora do Gamp, a assistente social, educadora popular e artista têxtil Eva Gislaine Medina dos Santos, 64.
O encontro não foi só celebração, foi também de protesto e reivindicações. “Tem coisas que infelizmente não saem da nossa pauta, como a questão da violência contra as mulheres. Desde as violências mais simbólicas até a violência final, que é o feminicídio e que não é final, porque os filhos seguem um ciclo de violência”, comenta a coordenadora.
Evento suspenso
O temporal que começou a cair em Pelotas, por volta das 17h, interrompeu a marcha. A caminhada seria finalizada no Instituto Hélio d’Angola, sede do Coletivo Batucantada, porém com a forte chuva, a ação na Zona do Porto foi suspensa.
A marcha foi encerrada com um ato no Mercado Central. O evento no Batucantada foi adiado para o próximo sábado (15), às 18h.