O clima da última semana em Pelotas vem propiciando o bom desenvolvimento do campo natural e das pastagens perenes, aponta o boletim Conjuntural do Escritório Regional Pelotas da Emater – RS/Ascar. O quadro favorece a condição corporal dos bovinos de corte no geral e contribui para o bom desenvolvimento dos animais no campo.
Atualmente, os produtores mantêm os cuidados com bicheiras (miasses) nos terneiros recém-nascidos, visto que já não é época adequada para esta fase da produção. Em relação aos manejos sanitários, as infestações de carrapatos seguem baixas. Quanto às moscas, os relatos dos produtores apontam para infestações de moscas-do-chifre e larvas de berne.
De acordo com as informações dos agricultores produtores de gado de leite, seguem na região a implantação de lavouras de milho para a produção de silagem e manejo de pastagens cultivadas. As pastagens estão em bom estado, com desenvolvimento normal para a época.
Retração nos preços do boi
O boletim Emater – RS/Ascar informa que o mercado bovino mostrou retração na busca por animais gordos em função da antecipação de compras para as festividades de final de ano, mantendo os estoques abastecidos, por isso a retração no preço dos animais prontos para abate.
A redução nos valores praticados por animais de distintas categorias de reposição também foi verificada durante a realização de remate de gado geral ocorrido em Pinheiro Machado na última quinta-feira. Os preços pagos durante a semana pelo quilo vivo foram de R$ 10,00 a R$ 11,50 para o boi gordo, R$ 8,50 a R$ 10,00 para a vaca gorda e R$ 10,00 a R$ 13,50 para o terneiro.
Ovinocultura
Na região administrativa de Pelotas, segue boa a oferta de alimento, o que tem favorecido a condição corporal dos rebanhos, principalmente os tosquiados. No ponto de vista sanitário, produtores têm relatado a ocorrência de miíases, o que demanda maior atenção e cuidados com os ovinos. Também continuam os relatos de problemas de casco como as frieiras, já com a presença das miíases.
Devido às festas de final de ano, a procura por cordeiros tem aumentado na região, com valorização de ovelhas e capões gordos. Os preços praticados na semana por quilo vivo são R$ 9,50 a 12,00 para cordeiro; R$ 8,50 a 10,20 para o capão e R$ 8,00 a 9,80 para a ovelha. O mercado de lá segue com boa demanda e valorização do produto, sendo comercializado a R$ 17,00 o quilo para lãs provenientes da raça Merino Australiano.