Ciclone subtropical Biguá atinge a região Sul com fortes rajadas de vento

Fenômeno climático

Ciclone subtropical Biguá atinge a região Sul com fortes rajadas de vento

Sistema não era registrado no litoral do Estado há mais de dois anos; ventos têm entre 70 a 90 quilômetros por hora

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Atualizado domingo,
15 de Dezembro de 2024 às 15:10

Ciclone subtropical Biguá atinge a região Sul com fortes rajadas de vento
Rajadas de vento causam queda de galhos na avenida Bento Gonçalves (Foto: Gustavo Pereira)

Desde a madrugada deste domingo (15), um ciclone subtropical está atuando sobre a região Sul. A tempestade é considerada rara em comparação com a ocorrência de ciclones extratropicais e não era registrada no Estado desde maio de 2022.

Denominada Biguá pela Marinha do Brasil, o fenômeno tem causado ventos com rajadas entre 70 e 90 quilômetros por hora. Em algumas regiões mais próximas à Lagoa dos Patos e Mirim a ventania pode chegar a 100 quilômetros. A previsão é que a tempestade comece a se afastar da região a partir do final da tarde.

O ciclone também traz chuvas para a região. Aprevisão é que os acumulados devem ficar entre 30 e 60 milímetros na maior parte da Zona Sul. “No final da tarde esse vento vai perdendo intensidade até enfraquecer bastante já no dia de amanhã. Acompanhado desse vento também vem um pouco de chuva, isso é bastante comum por causa da circulação de umidade do ciclone”, explica o meteorologista Fernando Rafael.

Entre os riscos provocados pelo fenômeno estão principalmente destelhamentos, danos em redes elétricas, queda de galhos e árvores. De acordo com a Metsul Meteorologia, a intensidade do vento provocou o fechamento do Porto de Rio Grande na noite de sábado (14). Em Pelotas, até o momento, os impactos das rajadas podem ser vistos em galhos caídos pelo Centro e em sinaleiras que não estão funcionando.

O fenômeno 

Diferente dos ciclones extratropicais registrados periodicamente no Estado, o subtropical é um sistema é a atípico. Diante disso, quando o fenômeno atinge a costa ele é batizado em tupi pela Marinha do Brasil.  Biguá é o segundo nome a ser usado na nova lista de nomes de ciclones atípicos, o ciclone de 2022 é chamado de Yakecan.

Ciclone visto por imagens de satélite (Fonte: Cptec)

De acordo com o meteorologista Fernando Rafael, a diferença entre o sistema extratropical e o subtropical é que o primeiro são ciclones formados por frentes frias, com temperatura mais baixa, já o subtropical tem estrutura híbrida, composta também por partes verticais quentes. “Mas o impacto deles são muito parecidos. Ambos são ciclones com muitas rajadas de vento, que podem ser médios e mais fortes”.

O alerta para rajadas de vento e chuva intensa emitido pela Defesa Civil está em vigor até às 23h59min deste domingo (15).

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