Jornal destaca a tipografia Guarany na arte impressa do município
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Segunda-Feira4 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Jornal destaca a tipografia Guarany na arte impressa do município

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A arte litográfica e a publicidade como uma atividade industrial em Pelotas foram tema de artigo no jornal A Opinião Pública de 9 de outubro de 1924. Foram os cartazes publicitários bem-elaborados, alguns em cores, que chamaram a atenção do articulista, que teve a curiosidade de saber de quais oficinas surgiram aqueles materiais.

Se na época a mais famosa gráfica era a Livraria do Globo de Porto Alegre, que atuava em diferentes frentes (papelaria, tipografia, encadernação, litografia, pautação e até fotografia), em Pelotas havia empresas aparelhadas para fazer o mesmo trabalho, destacava a matéria. No artigo o destaque era para a Officina Typográphica da Fabrica Guarany, de Francisco Santos (1873-1937).

O mesmo português que passou para a história de Pelotas como cineasta criador da Guarany Filmes, que produziu o filme o mais antigo filme de ficção brasileira preservado – Os óculos do vovô. Empreendedor e inventivo, Santos foi um dos sócios fundadores do Theatro Guarany e arrendatário do Theatro Sete de Abril, além de diretor de uma companhia de teatro, entre outras atividades. 

No artigo Litografia: uma Genial Invenção, o pesquisador e professor Marcelo da Silva Calheiros, relaciona o trabalho artístico de Santos e a necessidade de diminuir o investimento em publicidade como estímulos que levaram o empresário a abrir sua própria gráfica em  1º de fevereiro de 1913. A sua Officina Typográphica da Fabrica Guarany funcionou na rua Marechal Deodoro, 459, esquina com a General Telles, mesmo endereço da Guarany Filmes. 

Com a ampliação do empreendimento, a oficina mudou para a rua 15 de Novembro, 461 e 463. “Com novas instalações a empresa passa a funcionar com uma estrutura invejável, contando com ótimo equipamento e profissionais de notória competência, lançando-se também no ramo de pautação e encadernação, investindo assim, com bastante sucesso, no ramo editorial”, escreveu Calheiros. 

Prédio da Deodoro abrigou a gráfica e a Guarany Filmes (Reprodução)

Rival com as de São Paulo

No período de mudança de endereço a empresa passou a se chamar Tipografia e Litografia Guarany. O estabelecimento teve suas instalações ressaltadas pela imprensa. “A lithographia Guarany rivaliza vantajosamente com as de São Paulo, estado onde estão largamente difundidas as artes graphicas”, afirmava o artigo do A Opinião Pública. .

De acordo com Calheiros, entre 1915 e 1920 Francisco Santos comprou a empresa Chapon & Cia, outra empresa gráfica do início do século 20, instalando em seu endereço, na rua Gonçalves Chaves, 821, a filial de sua gráfica. “Na década de 30 as Empresas Globo incorporam à sua gráfica todo o maquinário da Litografia Guarany”, que já estava obsoleto.   

Fonte: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Leopoldo Gotuzzo visita Pelotas 

Em 12 de outubro de 1924, o pintor Leopoldo Gotuzzo, aos 37 anos, estava em Pelotas para visitar amigos e familiares, após realizar uma bem-sucedida exposição no Rio de Janeiro, em setembro. O encerramento da mostra anual do pelotense, na capital brasileira, teve a participação de representantes da diplomacia, além de clientes da alta sociedade carioca.

De acordo com a notícia publicada no A Opinião Pública, a última exposição de Gotuzzo em Pelotas tinha acontecido um ano e meio antes dessa visita, a mesma que foi apresentada em Porto Alegre, ambas com sucesso. 

Exposição atual

Paisagens é tema da nova mostra do patrono (Divulgação)

Em Pelotas, o Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg/UFPel) guarda parte significativa do legado do artista. Atualmente o Museu expõe telas do patrono produzidas entre 1918 e 1942, com a temática de paisagens. Olhar peregrino: percursos de Gotuzzo através da paisagem é o título da mostra de longa permanência, com visitação até 27 de abril de 2025, de terça a sexta-feira, das 13h às 18h, na praça 7 de Julho, 180. Entrada gratuita.

Fonte: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Aluna da escola Ondina Cunha é a Fada 74

Fernanda Menezes tinha sete anos quando recebeu o título (Reprodução)

A aluna do Grupo Escolar Ondina Cunha, Fernanda Silva Menezes, foi eleita a Fada 74 no concurso da Feira da Alegria, Diversão e Amor, promovida pela Secretaria Municipal de Educação. Na época, a menina tinha sete anos e a vitória foi muito festejada pelos seus professores.

Fernanda era apontada como muito estudiosa e excelente companheira. Participaram do concurso 26 meninas de diferentes instituições de ensino municipais e estaduais. Uma outra aluna da escola Ondina Cunha tinha conquistado anteriormente o título de Mais Bela Prenda. 

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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