Empreendedorismo feminino em alta no Parque Tecnológico
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira27 de Dezembro de 2024

Potencial

Empreendedorismo feminino em alta no Parque Tecnológico

Em dois dias de feira, mais de cem expositoras ganham vitrine com mostra e venda de produtos diversificados

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Empreendedorismo feminino em alta no Parque Tecnológico
Feira Vitrine Mulheres Empreendedoras levou mais de cem expositoras ao PPT no final de semana. (Foto: Cíntia Piegas)

Quantas ideias surgem quando um grupo de empreendedoras resolvem mostrar as potencialidades? Muitas, e que precisam de espaço. Assim, há nove anos, surgia a Feira Vitrine Mulheres Empreendedoras que se consolida agregando geradoras de renda em toda Zona Sul.

As mais de cem expositoras coloriram os saguões do Pelotas Parque Tecnológico (PPT), com o mais diversificado artesanato, confecção, artigos natalinos, semijoias e bijuterias, maquiagem, pedraria, perfumaria, floricultura, aromas, esculturas, antiguidades e brechó em dois dias de evento que aproximou um público diferente ao PPT.

Em um clima festivo e harmonioso, os relatos são de superação e gratidão pelo apoio que as mulheres recebem com conhecimento e reconhecimento. E para celebrar mais uma edição, a programação contou com música, literatura, bem-estar, alimentação, mateada e atrações infantis e a chegada do Papai Noel no domingo (8) à tarde.

A própria história da idealizadora e coordenadora do grupo, Silvia Leão, é de superação e de coragem de reunir mais de 500 trabalhadoras de Pelotas e Zona Sul, através de WhatsApp, e com mais de 45 mil integrantes do Brasil e de outros países no Facebook. Para ela o objetivo é promover, apoiar e amparar esse núcleo que se consolida com protagonismo no seu ramo de atuação. “Essas mulheres estão aqui para potencializar seus talentos e seguir empreendendo”, resume.

Para Silvia, o empreendedorismo feminino mudou de formato há muito tempo. “O nosso foco é a venda. Mas não só isso, o nosso lema é mulheres que levantam outras mulheres. Agora nós estamos conversando sobre o dia a dia e unindo forças para crescermos juntas, inclusive na autoestima”, observa. Esse espírito ajudou ainda na precificação dos produtos. “Nós oferecemos capacitação através do Parque Tecnológico e com ações do InovaPel 2024 – Pensamento global, porque é difícil, às vezes, a pessoa dedicar tanto amor naquele trabalho e não sabe dar um valor”, explica.

A empresária Márcia Campello, do Co.Place Coworking – que é parceira na promoção do evento -, conta que a sinergia de ideias permitiu a realização de ciclos de capacitação para as expositoras, gerando troca de experiências e conhecimento com o apoio e expertise do PPT. “Desde o começo nós reconhecemos a potência do trabalho realizado por essas mulheres e vimos uma identificação com a nossa proposta de apoiar e fortalecer as iniciativas empreendedoras locais, autorais e lideradas por mulheres”, diz Márcia.

Oportunidades

O negócio de Juliana de Carvalho Lopes, 46, era a venda de semijoias e produtos aromáticos, mas sua participação e convivência com o grupo, desde a segunda edição, a levou para a criação. Hoje ela expõe as semijoias junto com suas peças feitas em macramê e pedras. “Descobri que eu também poderia produzir acessórios, além de falar e vender. Comecei com terços e hoje estou com o meu primeiro aqui exposto”, mostra com orgulho.

A experiência permite ainda que ela leve para feira produtos que sejam acessíveis a todos os poderes aquisitivos. “E se uma expositora tem um produto semelhante, eu procuro diversificar. Aqui somos todos muito unidos, pois o grupo é uma oportunidade ímpar na minha vida”.

Karina Vicente Larralde, 42, visitou o espaço com o marido e a filha Sofia, oito, que dá nome ao empreendimento da rio-grandina; Casa da Bruxa Sofia. Foi de última hora o pedido de participação e ela só tem a agradecer a Silva pela oportunidade. “Fiquei sabendo e procurei o pessoal que fez o possível para eu participar. A organização, o atendimento, a recepção, o movimento da feira e a harmonia são incríveis. Aqui há troca de informações e, em pouco tempo, já conheci até fornecedores”, revela a empreendedora do ramo de pedras naturais. “Me senti acolhida. Ver mais mulheres participando é ótimo, pois o empreendedorismo dentro do feminismo é uma liberdade”, considera.

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