Você enfrentou desafios por ser a primeira da família a se formar no ensino superior?
Foram, sim, muitos desafios que passei. Até o ensino médio foram piores. Porém, eu sempre tinha em mente que iria mudar a minha realidade e ser protagonista da minha história.
Como é trabalhar em uma escola do campo, localizada a 40 quilômetros da zona urbana?
É uma experiência sem igual. Mesmo estando distante da cidade, percebo que a tecnologia está sempre presente. E nós, professores, devemos estar ali juntos para incentivar e mostrar os caminhos que eles podem sonhar e seguir, para serem quem quiserem ser no futuro.
De que maneira a realidade das turmas do interior influencia seu planejamento pedagógico?
O planejamento pedagógico vem aliado às vivências do cotidiano, combinando as suas duas vidas: na escola e no campo. A ideia é mostrar a riqueza de ter uma propriedade e saber valorizar a mesma.
Como você analisa a sua jornada pessoal e profissional?
Não escolhi a educação, a educação me escolheu. Essa frase reflete na faceta profissional que tenho, que sempre tenta fazer o seu melhor possível. No âmbito pessoal, é a evolução como ser humano, com as vivências de sala de aula, entender que tudo o que sonhamos acontece. Pode não ser fácil, mas é possível.
Como a especialização em educação do campo tem influenciado seu trabalho?
Isso propõe uma noção maior sobre a valorização do meio rural e sua importância, mostrando as inúmeras maneiras de se viver bem no campo e com a ajuda da tecnologia, sem deixar de lado a parte pedagógica e sua relevância.