O Brasil deve disputar a Série D do Brasileirão de 2026 mesmo que não seja campeão da Copa Professor Ruy Carlos Ostermann. Isso porque a CBF oficializou nesta quarta-feira (1º) uma revolução no calendário do futebol nacional que confirma, entre outras novidades, o aumento do número de clubes da quarta divisão nacional dos atuais 64 para 96, acréscimo de 50%.
Com o novo modelo, as vagas na Série D serão distribuídas da seguinte maneira, em ordem:
- 4 vagas para os rebaixados da Série C de 2025;
- 64 vagas para federações estaduais conforme o Ranking Nacional de Federações de 2026
- 28 vagas para os clubes que passaram à segunda fase da Série D de 2025 mas não conseguiram o acesso à Série C;
- vagas restantes distribuídas de acordo com o Ranking Nacional de Clubes, após a aplicação do critério 3, considerando os clubes já classificados pelos critérios anteriores.
Como há uma série de clubes com vaga na Série D de 2026 por dois critérios diferentes, abririam-se as vagas pelo critério 4, do ranking da CBF. Neste ranking, o Brasil é o 68º, tendo apenas o Nova Iguaçu (RJ) à frente entre aquelas equipes sem lugar assegurado em uma das quatro divisões nacionais por outros critérios.
Exemplos de times que se encaixam em dois critérios são o América de Natal (RN) e o Joinville (SC). Ambos garantiram vaga na Série D de 2026 por meio dos seus respectivos estaduais em 2025 e, depois, avançaram aos mata-matas da Série D da atual temporada.
A informação da vaga nacional para o próximo ano ainda não é confirmada pelo Brasil. Representantes do Xavante, entretanto, admitem a possibilidade enquanto interpretam as novidades lançadas pela CBF.
Segundo os critérios da entidade que rege o futebol nacional, um eventual título do Rubro-Negro na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann não daria uma vaga na Série D ao vice-campeão. Neste possível cenário, a equipe da Baixada se encaixaria no critério 2, e então o time beneficiado com um lugar na quarta divisão seria oriundo do Ranking de Clubes.
Novo regulamento
Com mais integrantes, a Série D passará a ter um novo formato de disputa e começará em 5 de abril, terminando em 13 de setembro. Na primeira fase haverá 16 grupos de seis clubes cada. Após jogos em ida e volta, totalizando dez partidas por equipe, os quatro melhores de cada chave avançam à segunda etapa.
Então, com 64 times, começam os mata-matas em ida e volta até o final. Quem chegar à terceira fase, ou seja, passando pelo primeiro duelo eliminatório, garante lugar na Série D do ano seguinte.
Os quatro semifinalistas asseguram acesso à Série C. Serão seis lugares de acesso à terceira divisão. Assim, haverá uma repescagem entre os quatro eliminados nas quartas de final. Dois deles também vão subir para a Série C.