Municípios se mobilizam por melhorias na ERS-265 e na ERS-702

Estrada de chão

Municípios se mobilizam por melhorias na ERS-265 e na ERS-702

Lideranças cobram asfaltamento da rodovia que liga Canguçu a Pinheiro Machado passando por Piratini

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Municípios se mobilizam por melhorias na ERS-265 e na ERS-702
De terra, rodovia é estratégica para acesso aos municípios e escoamento de safras. (Foto: Jô Folha)

Lideranças políticas de Canguçu, Piratini e Pinheiro Machado se uniram em busca de melhorias para a ERS-265 e a ERS-702. Os representantes cobram que o governo do Estado mantenha manutenções periódicas na estrada e também pedem o asfaltamento da ERS-265, que liga os três municípios, e o asfaltamento do trecho de dez quilômetros da ERS-702 que liga a zona urbana de Piratini ao Cancelão.

Hoje, os representantes dos três municípios vão participar de uma reunião de trabalho da Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento da Metade Sul, na Assembleia Legislativa, para traçar estratégias conjuntas para defender as demandas diante do governo.

A pavimentação do primeiro trecho de dez quilômetros da ERS-265 já tem o projeto executivo concluído pelo governo do Estado. No entanto, a licitação para dar início às obras não teve empresas interessadas. O valor estimado para a obra é de R$ 35 milhões.

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável pela manutenção das ERS e pela licitação para o asfaltamento foi procurado, mas não respondeu até o fechamento da edição.

“Estamos fora de rota”

O presidente da Câmara de Piratini, vereador Daniel de Moura (MDB), considera que, com a prorrogação da dívida do Estado com a União, há recursos em caixa para dar início às obras. Ele avalia que os primeiros dez quilômetros devem começar a ser construídos ainda este ano. “Mas também estamos preocupados que o trecho que não tem asfalto tenha uma manutenção semanal e não caia no esquecimento”, afirma.

O representante de Piratini reconhece que a obra é mais importante para o município do que para as cidades vizinhas. “Nós estamos fora de rota”, afirma. “Nem pela quantidade de moradores que tem na zona rural, mas pelo escoamento da produção”. É pela ERS-265 que grande parte da produção de madeira e soja de Piratini é escoada.

Embora esteja otimista com o asfaltamento do primeiro trecho, Moura não acredita que a pavimentação completa da via saia do papel tão cedo. “Eu acredito que saiam esses dez quilômetros entre Canguçu e Piratini e, depois, mais dez quilômetros entre Piratini e o Cancelão, mas na totalidade é difícil”, diz, ponderando que o asfaltamento de trechos menores já facilita o trânsito.

Rodovia estratégica para a região

O presidente da Câmara de Vereadores de Canguçu, Jardel Oliveira (PP), que também já foi vereador em Piratini, conhece a realidade da estrada, que fica em péssimas condições, em especial nos períodos chuvosos. “É uma rodovia estratégica. Agora estamos com o problema da ponte na BR-293, então imagina como faz falta uma ligação alternativa”, explica Oliveira.

“A maior força dessa mobilização é a questão da manutenção das estradas. Se não tem asfalto, que haja manutenção e que o estado dê atenção. Hoje é um absurdo”, destaca o vereador, que também quer que os representantes da região sejam recebidos pelo governador Eduardo Leite (PSDB). “É para fazer uma cobrança que consideramos justa e explicar a importância dessa obra”.

Deputado destaca união

O presidente da frente parlamentar na Assembleia, deputado Marcus Vinícius de Almeida (PP), destaca a importância da união para levar a pauta adiante. “Não vamos conseguir fazer a metade Sul se tornar uma prioridade no Estado se cada um trabalhar individualmente e a gente não conseguir colocar no centro das discussões a nossa realidade”, afirma.

Ele considera que, diante da necessidade de reconstrução do RS após a enchente de 2024, obras novas vão acabar sendo preteridas pelo governo. “Estamos juntando três cidades com representação das câmaras e prefeitos, e vamos trazer mais deputados estaduais para o jogo para colocar essa como uma necessidade”, afirma o deputado.

O deputado defende ainda que, caso o governo não tenha condições de executar a obra, que repasse recursos para as prefeituras para manutenção. “Os convênios que foram propostos até agora eram simplesmente de transferência da manutenção para as prefeituras sem nenhuma contraprestação financeira, isso os prefeitos não podem aceitar”, diz.

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