Pressão regional

Editorial

Pressão regional

Pressão regional
(Foto: Jô Folha)

O movimento em conjunto entre entidades empresariais de Pelotas e Rio Grande, extremamente elogiável, reforça a necessidade de união e representatividade para a Zona Sul em suas constantes batalhas para ser ouvida. É através dessas conexões que alcançamos nossas demandas e colocamos nossa pauta na rua. Foi assim pela duplicação da BR-116, nos avanços pela ponte que liga Rio Grande a São José do Norte e deverá ser assim agora, na luta pela retomada da termelétrica rio-grandina.

É fundamental que sejamos ouvidos e isso conversa diretamente também com o ano que vem. No Brasil, as decisões raramente são técnicas, mas sim políticas. E, a menos de dez meses das eleições, é essencial que tenhamos mais eleitos em Brasília. Hoje, com três deputados de um universo de 21, a Zona Sul precisa correr o dobro que os outros locais para chamar atenção. Está sendo assim com os pedágios, com a questão portuária, com as obras estruturantes para o Polo Naval e, também deve ser com a termelétrica.

Uma obra com investimento privado de R$ 6 bilhões, potencial para gerar milhares de empregos e mudar a cara de toda uma região não pode ser travada no canetaço, por tecnicismo que em tantas outras coisas não é levado em consideração. Por gente que nunca pisou aqui e talvez sequer conseguiria apontar no mapa onde fica Rio Grande. Que não faz ideia das dores de uma região que ficou relegada por décadas às migalhas de investimentos, justamente por ser pouco representada por lá.

A classe empresarial unida é a cereja do bolo dessa necessidade de pressão. Quando quem gera emprego, renda e impostos, quem acredita e aposta na região, coloca-se em uníssono sua posição, fica mais fácil de ser ouvido. Coloca pressão também nos políticos, que têm por obrigação ouvir essas pessoas, que representam melhor que ninguém as dores e as aspirações de uma comunidade. Compreender o empresariado como termômetro desses anseios é um amadurecimento que precisamos como país. O emprego e o dinheiro são os motores do desenvolvimento e isso deve ser o primeiro fator a ser pensado antes de qualquer decisão.

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