Há 181 anos
Em novembro de 1844, um dos episódios mais trágicos da Revolução Farroupilha marcou para sempre a história da negritude gaúcha. O Massacre de Porongos, ocorrido no atual município de Pinheiro Machado, vitimou mais de cem soldados negros — os Lanceiros Negros — que lutavam pela promessa de liberdade em troca de sua participação na guerra civil que durou dez anos (1835–1845).
Sem homens suficientes para enfrentar o Exército Imperial, os farroupilhas passaram a recrutar escravizados com a promessa de alforria. “Em vez de cederem a própria mão de obra, os farroupilhas capturavam os negros dos adversários, que serviam aos imperiais ou estavam foragidos, com a promessa de liberdade após o fim da guerra”, explica o jornalista Juremir Machado da Silva, autor de História Regional da Infâmia.
Estima-se que, ao final do conflito, os Lanceiros representassem até um terço do exército farroupilha — cerca de dez mil homens. Mas, às vésperas da derrota, esses soldados tornaram-se um obstáculo para os líderes republicanos, já que o Império não aceitava libertar escravizados.
Na madrugada de 14 de novembro, no Cerro de Porongos, no município de Caçapava do Sul, a tropa negra foi surpreendida e desarmada. Documentos históricos indicam que o general David Canabarro teria traído seus próprios homens, entregando-os ao ataque das forças imperiais comandadas por Francisco Pedro de Abreu, o Moringue, sob orientação do Barão de Caxias.
Oficial morto
Os sobreviventes foram capturados e devolvidos à escravidão. O oficial revolucionário Joaquim Teixeira Nunes, o Gavião, que foi o segundo comandante do Corpo de Lanceiros Negros, conseguiu conseguiu escapar , sendo encurralado pelas tropas imperais próximo ao Arroio Chasqueiro, na Batalha de Arroio Grande, em 26 de novembro de 1844 – último combate farroupilha em território Riograndense, onde foi capturado e ferido. Impossibilitado de defender-se após ter sido seu cavalo boleado (derrubado com boleadeiras), foi lancetado pelo alferes Manduca Rodrigues, que lutava pelos imperiais comandados pelo Moringue. Ao fim foi degolado por Eliseu de Freitas. Seu cavalo encilhado foi vendido ao cabo Mariano e o relógio, com uma grossa corrente de ouro, ao Capitão Carneiro
Fonte: Os Escravos que lutaram em troca de liberdade, de Guilherme Justino; wikipedia
Há 50 anos
Trecho da Santos Dumont recebe calçamento
Foi iniciado o calçamento da rua Santos Dumont, entre as ruas Almirante Tamandaré e Conde de Porto Alegre. Em novembro de 1975, a prefeitura optou pela colocação de pedras irregulares na via. O trabalho foi executado pela empreiteira Valdomiro LIma e a promessa era de que fosse finalizado em 45 dias.
A obra integrou um projeto para proporcionar acesso pavimentado à região industrial do município. A novidade, por exemplo, foi saudada pelos proprietários da empresa Kasper, do setor de industrialização de óleos vegetais, que celebraram o ingresso mais seguro na indústria, sem precisar enfrentar lama ou poeira. Para a realização a prefeitura liberou 200 mil cruzeiros em recursos. Atualmente essa via está asfaltada.
Fonte: Bibliotheca Pública Pelotense

(Foto: Reprodução)
Há 45 anos
Galeria Van Gogh recebe a exposição de premiada gravurista gaúcha
A Galeria Van Gogh, instalada no Hotel Manta, em Pelotas, recebeu a exposição da artista porto-alegrense Maria Inês Rodrigues. A premiada pintora e gravadora, realizou sua primeira exposição individual no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano em Porto Alegre, em 1967.
Fez estudos de Artes Plásticas na Escola de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se diplomou em 1964. Estudou desenho durante três anos no atelier de Vasco Prado e Zoravia Bettiol. Em 1962, estudou pintura no Rio de Janeiro com Lori Koch, aluna de Volpí, ocasião em que conheceu Volpi e frequentou seu atelier.
Em Londres
Também expôs em Londres, na ALA Gallery, em 1968. A primeira coletiva da artista aconteceu também na Inglaterra, no mesmo ano, quando apresentou suas obras na exposição de gravadores brasileiros, a convite da Universidade Essex.
Conhecida inicialmente como Maria Inês Kliemann, também escrevia e era considerada uma das melhores gravadoras gaúchas. Depois que recebeu prêmio de aquisição no 1º Salão Brasileiro de Arte no Rio de Janeiro, começou a se dedicar mais à pintura, agora assinando seus trabalhos como Maria Inês Rodrigues.
Fonte: Bibliotheca Pública Pelotense