Justiça acata denúncia do MP e ex-dirigentes do Brasil viram réus

Operação Marcola

Justiça acata denúncia do MP e ex-dirigentes do Brasil viram réus

Segundo o Ministério Público, trio teria montado um esquema para desviar receitas do clube

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Atualizado quarta-feira,
15 de Outubro de 2025 às 17:18

Justiça acata denúncia do MP e ex-dirigentes do Brasil viram réus
Ex-presidente, Evânio Tavares tem dez dias para apresentar defesa (Foto: Volmer Perez)

O juiz Rodrigo Dutra Dornelles, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Pelotas, recebeu a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS) contra três ex-dirigentes do Brasil, acusados de participação em um esquema de apropriação indébita majorada de recursos do clube.

Com isso, Evânio Bandeira Tavares, ex-presidente; Wederson Antinossi, conhecido como Mineiro e ex-CEO; e Tiago Rezende, ex-coordenador da Central de Sócios, tornaram-se réus e têm dez dias para apresentar defesa. Na sequência, a Justiça vai avançar na investigação e podem prender os réus.

A denúncia aponta que o trio teria montado um esquema para desviar receitas do clube, incluindo valores de patrocínios, mensalidades de sócios e bilheteria, com o objetivo de se apropriar dos recursos. Fontes ligadas à investigação confirmam que houve uma tentativa de acordo extrajudicial para a devolução dos valores desviados, mas os três ex-dirigentes não aceitaram a proposta.

De acordo com o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do 10º Núcleo Regional do Gaeco – Sul e responsável pela Operação Marcola, os crimes ocorreram entre o final de 2021 e junho de 2023.

Quem é quem no caso

Evânio Tavares, presidente entre 2021 e 2023, renunciou ao cargo em meio às suspeitas e após ter sido destituído pelo Conselho Deliberativo. A investigação aponta que premiações e repasses da CBF foram depositados em sua conta pessoal, sem retorno integral ao clube. Há ainda suspeitas sobre notas fiscais emitidas por empresa de sua propriedade.

O empresário Tiago Rezende, responsável pela Central de Sócios, criou um programa de vantagens com cashback para associados, mas o MP apura movimentações paralelas de recursos. Ele afirma colaborar com a investigação e nega irregularidades.

Já o ex-CEO Wederson Antinossi, conhecido como Mineiro, é suspeito de receber valores de patrocinadores em conta pessoal. Atualmente diretor de uma cooperativa financeira em Belo Horizonte, ele alega que seu salário era pago por meio de cheques de patrocinadores, razão pela qual move uma reclamatória trabalhista contra o clube.

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