As vendas do comércio pelotense durante o Dia das Crianças de 2025 apresentaram crescimento, mas não alcançaram o percentual esperado. A projeção era de um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado; entretanto, o resultado final foi de 2,8% – 1,1% abaixo da estimativa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas de Pelotas, Renzo Antonioli, o desempenho abaixo do previsto se deve principalmente às vendas fracas na sexta-feira e no sábado. Ainda assim, o resultado foi considerado positivo. “Somos uma das poucas cidades do Estado que teve um crescimento significativo”, ressalta Antonioli.
Na loja de roupas da gerente Gilvania Coelho, por exemplo, o movimento foi semelhante ao do feriado de 2024. “Teria que ter sido melhor, mas ainda ficou dentro do aceitável”, afirma.
Presentes mais simples e valor médio menor
Os produtos mais procurados seguiram os mesmos: brinquedos, roupas, calçados e eletrônicos. No entanto, o valor médio gasto por presente caiu de R$ 219 para R$ 209, indicando que os consumidores buscaram opções mais econômicas.
Essa tendência foi percebida pela atendente Letieri da Rosa, de uma loja de brinquedos. “Teve algumas pessoas que levaram presentes maiores, mas a maioria pediu mais lembrancinhas, coisas mais básicas, economizando para o Natal – que é uma data maior”, afirma ela.
Livros e mangás ganham espaço
Em uma livraria da cidade, a proprietária Cristiane Mulling observou crescimento nas vendas de literatura infantil e infantojuvenil em relação ao ano anterior. “As vendas foram focadas em livros e mangás mesmo. O que mais se destacou foi As Aventuras de Mike, do autor que virá para a Feira do Livro de Pelotas deste ano”, comenta.
Apesar da boa aceitação dos livros, o volume total de vendas da livraria ficou abaixo do registrado em 2024.
Movimento reduzido
Além da diminuição no valor médio das compras, lojistas também perceberam menor circulação de clientes nos dias que antecederam o feriado. “Já vi muitas pessoas e donos de estabelecimentos comentando que o movimento estava realmente bem fraco”, relata Letieri.
A gerente Jenifer Silva, que trabalha em uma loja de artigos para bebês, confirma a tendência. “O ano passado foi bem melhor, mas o que mais saiu na data deste ano foram as confecções”, conta ela.
Expectativas para o Natal
Mesmo com o desempenho abaixo do esperado, o comércio local mantém o otimismo para os próximos meses. Antonioli destaca que ainda há promoções de produtos infantis e de inverno disponíveis nas lojas.
Outra aposta dos lojistas é o Natal, considerado o principal período de vendas do setor. “Torcemos para que seja uma data melhor. Queremos que seja um bom momento de vendas”, conclui Letieri.
