A Segurança Pública da Zona Sul do Estado deveria servir de case a nível nacional. Continua vivo na memória de pelotenses e rio-grandinos os anos sangrentos vividos recentemente. Em 2017, Pelotas superou os 100 homicídios. Em 2022, Rio Grande chegou perto desse número e esteve listada entre as cidades mais violentas do Brasil. Agora, os índices recuaram barbaramente. A explicação para isso está em um trabalho conjunto entre poder público, órgãos de segurança e comunidade.
Com o uso de projetos estruturados, pensados cientifica e socialmente e com lideranças de mentalidade orientada à execução das propostas, as duas cidades se tornaram locais relativamente seguros. Não se chega ao número zero, por óbvio, mas hoje não há chacinas e corpos empilhados como vivemos há tão pouco tempo. Isso deixa duas reflexões: a primeira é de que, de fato, conseguimos alcançar sucesso quando se trabalha em conjunto por um objetivo. A segunda é que o Brasil inteiro deveria olhar para cá para tirar lições de como lidar com segurança pública.
Os nossos pactos já são exportados para outras cidades do Estado e do país e políticas de tamanho sucesso precisam sim ser copiadas. Se hoje temos mais tranquilidade ao andar na rua, foi por essas iniciativas, que já se tornaram projetos de cidade que superam o governo em atuação. Ambas as cidades mudaram de rumo no último pleito e, ainda assim, as ideias seguiram funcionando. Sinal também de maturidade das lideranças que criaram e das que seguiram as propostas.
Ontem inauguramos uma Central de Polícia em Rio Grande. Em breve, teremos uma delegacia contra abigeatos no mesmo município. Em Pelotas, há avanços significativos em estruturas de segurança também. São muitos movimentos para fortalecer a segurança pública em projetos que vão muito além da ação repressiva da polícia, mas sim da prevenção de que o fato criminoso seja executado. É um mérito para muitas mãos, mas principalmente um orgulho para a Zona Sul. Podemos bater no peito e dizer que somos seguros e, com isso, temos também um olhar diferenciado de fora para cá.
