A notícia de que a região está construindo um calendário regionalizado de eventos turísticos para 2026 é um alento. Mais do que uma maneira de organizar-se sem “fogo-amigo”, é um sinal de que há diálogo e, por tanto, pensamento voltado à integração da região por mais um objetivo. Quando há alinhamento de olho na coletividade como um dos propulsores para o desenvolvimento e para avanços em pautas comuns, todos vencem. A região tem na união uma de suas forças e isso agora se estende para o turismo.
Com a articulação de ações conjuntas para o fortalecimento do turismo, caminhamos para um caminho quase óbvio, mas que ainda não havia sido percorrido: não faz sentido andar sozinho se o objetivo for atrair visitantes. Pelo contrário. Pelotas se torna mais forte quando se mostra o mar de Rio Grande logo ao lado. A praia do Cassino fica ainda mais atraente quando se expõe que a minutos dali há uma das cidades mais fortes em termos de cultura e gastronomia do Brasil. Juntos somos mais fortes.
Mar, colônia, lagoa, cultura e gastronomia se alinham para chamar diversos públicos. Se há constante disputa nos grupos de amigos e famílias para definir um destino, a Zona Sul precisa mostrar que tem várias dessas opções. Da Serra dos Tapes ao mar do Hermenegildo. Da calmaria da Capilha ao fervo do carnaval lourenciano. E assim por diante. A leitura de que não conseguimos nos desenvolver individualmente talvez soe dolorida para muitos, mas é a realidade de um mercado competitivo e de uma região que fica distante dos grandes centros e ainda não entrou nos roteiros mais populares. Se Gramado & Canela viraram uma coisa só como destino e deu certo, por qual motivo não tentar aqui também?
A mesma medida serve para a logística, para a saúde, educação, atração de empresas e até educação. O quanto menos competirmos internamente e mais buscarmos um fortalecimento conjunto, mais fácil será conseguirmos alcançar novos voos. Essa mentalidade precisa imperar e, finalmente, começou a ser estimulada. Já vencemos uma etapa!
