No encontro promovido na segunda-feira pelo Grupo A Hora entre empresários e lideranças da Zona Sul e do Vale do Taquari, as duas regiões de atuação da empresa de comunicação, uma das nossas forças ficou clara: a infraestrutura. Embora pouco se fale nisso, somos uma rara região com acesso a todos modais: rodovias, ferrovias, hidrovia, saída para o mar e um aeroporto internacional. O desafio daqui para frente é ajustar as melhorias nesses espaços.
Embora todos estejam presentes, eles podem melhorar. A hidrovia, que passa por batimetria para ser colocada em prática, é a mais rápida de se resolver e ela é estratégica para a conexão com o resto do Estado e países do Cone Sul. O outro ponto com relativa tranquilidade é o aeroporto de Pelotas, cujo grande desafio é ter suas rotas ampliadas e, para isso, a região também precisa evoluir em outras frentes para ser mais atrativa. E os portos, em franca evolução nas últimas décadas, dependem mais do restante do entorno do que de si próprio nesse momento.
Mas a ferrovia e as rodovias são questões maiores. A primeira é fundamental para diminuir custos de produção, mas depende de uma nova licitação e o governo federal não parece acenar positivamente para isso. O modal ferroviário, sempre sucateado pelo Brasil, vem retomando fôlego nas discussões, mas ficamos amarrados em contratos exploratórios de concessões mal pensadas. É o grande temor envolvendo as rodovias, aliás. Com uma nova licitação do Polo Rodoviário da região, a pauta mais importante coletivamente agora é amarrar um bom contrato.
Com esses pontos alinhados e estruturados, estamos um passo adiante para termos um excelente destaque dentro do restante do sistema do Estado. Se estamos atrasados em produção industrial, a agrária é forte e nos colocarmos como o grande ponto logístico do Rio Grande do Sul e, assim, ganharmos força em geração de emprego, renda e atração de investimentos para toda a Zona Sul.
