Há 68 anos
O Dia do Imigrante foi instituído em São Paulo para as celebrações da imigração japonesa naquele estado. Desde então, o 25 de junho passou para o calendário nacional, como forma de homenagear a todos que deixam seu país de origem em busca de oportunidades e que têm contribuído para a formação social e cultural do Brasil. O Rio Grande do Sul é um exemplo dessa mescla que caracterizou também a economia local, com a contribuição de açorianos, portugueses, franceses, alemães e italianos, entre outros.
Além dos portugueses e africanos, que chegaram por aqui como resultado do tráfico transatlântico de escravos, marcando uma imigração forçada. Em Pelotas os imigrantes italianos, alemães e franceses, especialmente na região colonial do município, começaram a partir da segunda metade do século 19. De acordo com informações do Museu Etnográfico da Colônia Maciel, da Universidade Federal de Pelotas, o Livro Tombo da Igreja Matriz da Paróquia de Sant’Anna apresenta relação com os nomes e as profissões das primeiras famílias italianas que vieram à Colônia Maciel, entre 1884 e 1886.
Monumento na praça
Para marcar a presença e a contribuição da colonização alemã no interior rural pelotense, em 1958 foi instalado na Praça 1º de Maio, nas Três Vendas, mais conhecida como praça do Colono, o Monumento ao Colono, obra do escultor Antônio Caringi.
Almiro Buss, na época subprefeito distrital e posteriormente vereador em Pelotas e prefeito em Arroio do Padre, teria servido de modelo ao escultor. Na base da estátua se vê a inscrição das datas 1858-1958, que relembram a colonização e o ano da homenagem.
Há 95 anos
Pelotense Yolanda Pereira agradece o carinho que recebeu pelo título de Miss RS
A Miss Rio Grande do Sul, Yolanda Pereira, aos 19 anos, agradeceu, em entrevista ao jornal A Opinião Pública, as manifestações de carinho que estava recebendo, desde a sua ascensão ao título máximo da beleza gaúcha, em 1930. O concurso foi realizado em Porto Alegre. A matéria foi publicada em 25 de junho.
Pelotas tomou conhecimento da conquista em 18 de maio daquele ano. Mas a comunidade vivia a expectativa do concurso desde o dia 7 de maio, quando Yolanda, acompanhada pela Miss Bagé, Alba Beltran, embarcou para a capital gaúcha a bordo do vapor Comandante Alcídio. A despedida das misses ocorreu em meio a homenagens e ao aplauso dos populares, que se aglomeraram para ver a partida das embaixatrizes “da graça e da beleza”, conforme a imprensa da época, dos dois municípios.
Palavras da titulada
“Não sei como agradecer à imprensa de todo o Rio Grande do Sul pelo imerecido apreço com que se manifestou ante o veredicto do júri, no concurso de beleza, e, particularmente, ao Diário de Notícias, como delegado da A Noite, pela elevada e afetuosa consideração que todos desse brilhante órgão portoalegrense me dispensaram; às populações das cidades de Porto Alegre, Rio Grande, Jaguarão, Arroio Grande, Estação Piratiny e de minha querida Pelotas, o carinho, a distinção e o significativo afecto com que me receberam e cumularam onde quer que me encontrasse; às distintas associações que me dedicaram festas e saraus, às empresas que o mesmo fizeram, bem assim a todas as gentilíssimas pessoas que me distinguiram com telegramas, cartas e cartões de cumprimentos e, finalmente, às pessoas e casas comerciais que com desprendimento e generosidade tiveram a bondade de obsequiar-me com lindos mimos e finíssimas toiletts, em suma por tudo quanto me ofereceram. A minha gratidão é imensa, imorredoura, e de meu coração reservo uma partícula para cada gaúcho de meu querido Rio Grande do Sul”, falou Yolanda Pereira, após o retorno a Pelotas.
A pelotense ainda conquistou em setembro do mesmo ano o título de Miss Brasil e, posteriormente, o de Miss Universo, em concurso realizado no Rio de Janeiro. A promoção foi da revista A Noite.
Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
