Abertura para o turismo

Editorial

Abertura para o turismo

Abertura para o turismo
Seminário ocorre no auditório do Sicredi. (Foto: João Pedro Goulart)

Uma imersão para debater o turismo da região e seus próximos passos. Assim começou ontem o Seminário de Turismo da Costa Doce, algo fundamental para o futuro da região. Tão importante quanto termos opções turísticas é entendermos onde cada uma delas funciona, onde precisa ser melhorada e no que devemos colocar nossa estratégia. A comunicação disso tudo é fundamental, mas não apenas internamente. É preciso fazer barulho para fora da “bolha” da região.

No último verão, já foi visível que argentinos e uruguaios nos notaram. Um processo que se deu de maneira quase natural, por algum motivo. O fato é que recém agora estamos começando a fazer esforços para integrar o turismo, algo que já deveria ser feito há décadas, a exemplo do que é feito em tantos outros locais do mundo – e magistralmente pela Serra Gaúcha, aqui pertinho. Fato também é que temos potencialidades para em um futuro médio ou longo termos produtos que possam vir a ser atrativos o suficiente para trazer gente do resto do país para cá.

Temos praias, água doce e salgada. Temos a Serra dos Tapes e a zona rural. Temos gastronomia e cultura, fruto de uma formação extremamente plural da nossa região, feita por africanos, portugueses, alemães, italianos, franceses, além, é claro, dos indígenas nativos e outras tantas etnias que por aqui deixaram raízes. Mas é preciso compreender onde atuar, e é uma dádiva um seminário, neste momento, parar para refletir nossas potências e compreender nossos déficits.

Esses três dias são fundamentais para que as lideranças coloquem todas as cartas na mesa e, a partir disso, façamos uma filtragem de onde aplicar as forças necessárias. Há que se investir em infraestrutura, por exemplo (a ponte Rio Grande – São José do Norte abriria um leque fantástico para o “outro lado” da Lagoa dos Patos). Mas há que se trabalhar também autoestima: a região é sim um potencial polo turístico, mas o primeiro passo é isso passar pela compreensão das nossas próprias comunidades, para que aproveitem nossas belezas e se tornem promotores delas.

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