A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta terça-feira (3) o aumento de 8% do salário mínimo regional. O reajuste foi proposto pelo governador Eduardo Leite (PSD) na última semana. O índice é superior ao da inflação do ano passado, que foi de 4,83%.
O piso regional vale para o salário de categorias que não têm acordos coletivos e trabalhadores informais. Também serve de base para o salário de alguns servidores do Estado.
Com o reajuste, o salário mais baixo definido pelo mínimo regional passa de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04.
Deputados do PL e do Novo apresentaram uma emenda que não avançou para reduzir o reajuste a menos de 6%, com base na inflação calculada pelo INPC. “Estamos produzindo hoje uma política de incentivo ao trabalho informal e ao desemprego”, disse Felipe Camozzato (Novo).
Halley Lino (PT) defendeu a valorização do mínimo regional e lembrou que o piso gaúcho é menor do que o do Paraná e de Santa Catarina. “O piso regional é uma solução de dignidade da classe trabalhadora”, afirmou.
Como fica
- Faixa 1: R$ 1.789,04
Trabalhadores da agricultura e pecuária, indústrias extrativas, pesca, empregados doméstico, turismo, construção civil, motoboys, garagens, etc. - Faixa 2: R$ 1.830,23
Trabalhadores da indústria do vestuário, do calçado, de fiação e de tecelagem, artefatos de couro, serviços de saúde, telecomunicações, hotéis, bares, restaurantes, etc. - Faixa 3: R$ 1.871,75
Trabalhadores da indústria do mobiliário, químicas e farmacêuticas, alimentação, comércio em geral, etc. - Faixa 4: R$ 1.945,67
Trabalhadores das indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico, gráficas, indústrias de vidros e artefatos de borracha, edifícios e condomínios, etc. - Faixa 5: R$ 2.267,21
Trabalhadores técnicos de nível médio.