Câmara aprova isenções do Minha Casa, Minha Vida

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Câmara aprova isenções do Minha Casa, Minha Vida

Projeto prevê redução de impostos para construtoras que aderirem ao programa habitacional

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Atualizado terça-feira,
01 de Abril de 2025 às 14:34

Câmara aprova isenções do Minha Casa, Minha Vida
Projeto concede isenções para a construção de moradias populares das faixas 1 e 2. (Foto: Jô Folha)

Os vereadores de Pelotas aprovaram nesta terça-feira (1º) o projeto de lei enviado pelo governo de Fernando Marroni (PT) que concede isenções para a construção de moradias populares das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida.

Entre os benefícios previstos na lei, estão a redução ou isenção das alíquotas de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), além de isenção de IPTU durante as obras e a isenção de taxas. Na faixa 1 se encaixam famílias com renda de até R$ 2.850, enquanto na faixa 2 o teto é de R$ 4.700.

Validade de um ano

Após debate entre os vereadores, a emenda que limitava a validade da lei até 31 de dezembro de 2025 acabou sendo rejeitada pelos vereadores. Com isso, a validade proposta pelo governo, até 31 de dezembro de 2028, foi mantida.

Michel Promove (PP) defendeu a emenda que limita a validade da lei a um ano, afirmando que ela permite fiscalização. “É um dispositivo que nos dá mais segurança de que se o setor da construção não andar na linha, não terá esse benefício no ano que vem”, disse.

César Brisolara, o Cesinha (PSB), criticou as isenções e afirmou que a construção civil não é o setor que mais emprega na cidade, e sim os pequenos comércios e serviços. “A construção civil só tem esse peso porque em boa parte manda na cidade e tem influência nesta casa”, afirmou. “É um erro o cheque que estão dando em branco, sob essa questão de que tudo pode pelo emprego”, disse.

O líder do governo, Jurandir Silva (PSOL), criticou a demora na votação do projeto e afirmou que a validade do projeto de apenas um ano não impediu que problemas nas construções acontecessem.

Júnior Fox (PL), que é da área da construção, defendeu a maior validade para a lei e que haja fiscalização sobre medidas compensatórias. “Se tem alguém que quer investir, a gente tem que deixar investir e também tem que cobrar. A gente não pode querer que aprove um ano porque não tem como elaborar projeto em um ano, e não é mais um ano, agora já são nove meses”, disse.

Todas as demais emendas apresentadas pelos vereadores foram aprovadas, incluindo a obrigação de o Executivo criar medidas mitigadoras e o aumento da multa para empresas que receberem os benefícios indevidamente de 100% para 200%.

Quais são os incentivos

  • Empreendimentos em áreas de 10 mil m² a 20 mil m²
  • Até cinco andares sem elevador
  • Até 400 unidades por empreendimentos

Faixa 1: renda de até R$ 2.850

  • Redução de 80% a 100% do ITBI
  • Isenção de IPTU durante execução do projeto
  • Redução de 80% a 100% do ISSQN sobre serviços prestados nas construções
  • Isenção de taxas sobre formalidades necessárias para execução e aprovação das obras

Faixa 2: renda de até R$ 4.700

  • Redução de 70% a 100% do ITBI
  • Isenção de IPTU durante execução do projeto
  • Redução de 70% a 100% do ISSQN sobre serviços prestados nas construções
  • Isenção de taxas sobre formalidades necessárias para execução e aprovação das obras

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