Democracia jovem

Editorial

Democracia jovem

Democracia jovem

No sábado completou 40 anos da redemocratização do país. Data de festa para relembrar a importância de dar ao povo o poder da decisão de quem são seus líderes e de quais políticas querem, mas também de refletir sobre como estamos lidando com ela hoje. A democracia precisa ser sempre cultivada e fortalecida, sob pena de que qualquer fragilização possa nos fazer recuar por décadas ou séculos. Por isso é fundamental pensar nela constantemente.

Nos últimos anos o debate democrático acalorou-se no país. Há inclusive quem tenha defendido o retrocesso da volta de um governo totalitário. Provavelmente, sem pensar muito, óbvio. A liberdade de imprensa, das pessoas e das decisões é fundamental para nosso convívio em sociedade. Há que se entender que todos os governos não só podem como devem ser criticados, cobrados, escrutinados e pressionados, mas respeitando, principalmente, o que a urna determinou.

Todo poder emana do povo e cabe aos nossos representantes lembrarem – ou serem relembrados – diariamente sobre isso. O ciclo eleitoral as vezes pode soar longo, mas sempre é cumprido e quatro anos depois podemos fazer novas escolhas, ou mantê-las. Conforme desejarmos. E isso que é fundamental.

Nossa democracia, com 40 anos, é jovem. Principalmente se comparada às grandes potências econômicas mundiais. É natural fazer ajustes e correções ao passo em que nos adaptamos e compreendemos uma também jovem Constituição, de 35 anos. Mas as amarras democráticas devem permanecer e serem fortalecidas. Aliás, foi isso o que aconteceu nas vezes em que foram testadas ao longo das quatro décadas. Mesmo com dois impeachments de presidentes e diversas crises políticas, incluindo uma polarização tenebrosa nos últimos anos, em nenhum momento as ideias saudosistas do passado totalitário prevaleceram.

Os processos democráticos são irmãos gêmeos do desenvolvimento. Quanto mais democracia, mais vamos crescer. O Brasil, que tem um longo histórico de resvalos nesse sentido, parece enfim ter entendido isso e é nessa batida que vamos crescer enquanto sociedade e enquanto nação.

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