Um consórcio de investidores surge como alternativa mais viável para uma potencial compra após uma possível futura transformação do Grêmio Esportivo Brasil em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A avaliação é do economista Fernando Ferreira, fundador da Pluri Sports, empresa de consultoria parceira do Xavante que realiza estudo de viabilidade sobre o assunto desde o ano passado.
“O que nós estamos vendo como mais viável no momento é um consórcio de investidores, em que haja pessoas que são do mundo do futebol, que têm identidade com a região, que têm interesse de estar vivendo ou participando de investimentos relacionados ao futebol e investidores que querem ter retorno de investimento em si”, afirmou nesta segunda-feira (24) em entrevista ao jornalista Marcelo Prestes, da Rádio Universidade.
Segundo o economista, houve um período de avaliação, englobando os estudos necessários para se preparar, fazer a modelagem financeira e as condições com as quais o Brasil poderia ser colocado no mercado. Depois disso, começou a prospecção junto a potenciais investidores, considerando o objetivo do clube, o que ele tem a oferecer e o que o mercado busca.
“Nos últimos dois meses, temos tido conversas interessantes com os investidores, temos já investidores interessados efetivamente no Brasil e o que nós estamos fazendo agora é uma operação complexa”, explica, citando a necessidade de resolver problemas vinculados, por exemplo, à crescente dívida do clube e ao aspecto estrutural, em que se encaixam locais como estádio e centro de treinamento.
Sobre o perfil dos investidores, Ferreira menciona diferentes características. “O que a gente tem visto claramente são investidores pessoas físicas, pessoas com capacidade de investimento alta e que têm interesse em investir no futebol, e ou relacionadas à região. Então nós estamos falando com empresários locais da região de Pelotas, empresários do Rio Grande do Sul e também empresários de fora, de São Paulo, por exemplo”.
Caso do Pelotas
No Pelotas também há um estudo sobre a viabilidade de potencial transformação futura em SAF. Segundo um dos conselheiros envolvidos, Ricardo Gehling, não há novidades e uma reunião está marcada para março com a Russell Bedford Brasil, empresa de consultoria que tem contrato até setembro deste ano com o Lobo.