A Usina Candiota 3 está cada vez mais próxima de voltar às atividades. Nesta sexta-feira (17), lideranças estaduais se reuniram, em Canoas, com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em um encontro que trouxe otimismo para a assinatura de um novo contrato para a termelétrica.
“A audiência foi excelente”, avalia o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB). O político também destaca que Alckmin ouviu a demanda com atenção e que prometeu encaminhar o assunto para a emissão de uma Medida Provisória (MP).
O documento deve ampliar o prazo de transição energética até 2043, o que garante um novo contrato à Usina. “O vice-presidente ficou de mandar o assunto para o Ministério de Minas e Energia e para a Casa Civil na segunda-feira, para buscar uma MP de urgência”, afirma Folador.
Expectativas
De acordo com o diretor do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Hermelindo Ferreira, também presente no encontro, Alckmin irá entrar em contato com as lideranças da região após conversar com os órgãos responsáveis para que todos participem da elaboração do texto da MP.
Essa nova conversa, assim como a criação da MP, deve ocorrer ainda neste mês, estima o deputado federal Maurício Marcon (PT).
Paralisação
Desde 1º de janeiro os trabalhos da Usina Candiota 3, responsável por empregar mais de cinco mil pessoas da região, estão paralisados.
A retomada dependia da sanção, sem vetos, da Lei 756/2021, o que não aconteceu. A mesma foi sancionada pelo presidente Lula (PT) com três vetos em artigos que tratavam das termelétricas a gás e carvão.
Alternativa
Ainda que os vetos passem pela análise do Senado, autoridades e funcionários garantem que o processo pode ser demorado, o que atrasaria a retomada dos trabalhos. Assim, buscam uma alternativa junto ao governo federal através de uma Medida Provisória (MP).