Crianças e idosos são maiores vítimas de violação de direitos
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Segunda-Feira13 de Janeiro de 2025

Vulnerabilidade

Crianças e idosos são maiores vítimas de violação de direitos

Das 1.250 denúncias feitas para o canal em 2024 em Pelotas, 70% recaem para esses dois grupos

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Crianças e idosos são maiores vítimas de violação de direitos
A maioria dos casos acontecem na casa das vítimas ou dos suspeitos, de acordo com os dados do Disque 100. (Foto: Tomaz Silva - Agência Brasil)

Das mais de 35 mil denúncias feitas para o Disque 100 no Rio Grande do Sul em 2024, 1.250 são de Pelotas. O município está em terceiro no ranking com mais registros no ano, ficando atrás de Porto Alegre (6.097) e Caxias do Sul (1.998) e 70% dos registros estão ligados a dois grupos de vulneráveis: idosos e crianças. Quando o registro é de violação dos direitos humanos, este número no município aumenta para 8.733 casos, o que representa um discreto aumento em relação ao ano passado de 6,11%.

A coordenadora-geral do Disque 100, Franciely Loyze, diz que este ano o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania está com o olhar mais atento para o canal que tinha perdido a sua especificidade e que os dados não correspondem ao aumento das violações e sim refletem a confiança da população no serviço.

O canal ajuda ainda a mapear os tipos de violações cometidas no Brasil. As mais recorrentes são à integridade, que em Pelotas correspondem a 99,28% das denúncias. Na sequência, direitos sociais e liberdade.

Importância da denúncia

A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Márcia Chiviacowsky, explica que o Disque 100, assim como o Disque Denúncia 180 – da Mulher – tem o mesmo propósito que informações anônimas de algum crime de violência doméstica, dos idosos, sendo que a delegacia tem um cartório específico para esse atendimento.

“É uma ferramenta muito importante, mas as pessoas devem estar alertas que não terá o imediatismo, pois é uma central que atende em Brasília, anota a informação, analisa e repassa para a cidade de origem. Se a vítima estiver em uma situação de risco, o ideal é registrar o boletim”, aponta.

Essa análise feita pela central resulta em protocolo. Em 2024 foram 723 protocolos em Pelotas.

Dados nacionais

No Brasil, o total chega a 657,2 mil, crescimento de 22,6% em relação a 2023 de utilização do serviço gratuito e acessível, voltado para registro e encaminhamento de denúncias de violações de direitos humanos. O número de violações também aumentou, passando de 3,4 milhões, em 2023 para 4,3 milhões em 2024, retrato da maior divulgação da existência do serviço.

Perfil

Os números indicam que a maioria das vítimas das denúncias são do gênero feminino (59,63%), pessoas brancas (777), e com idade entre 64 e 74 anos. As violações ocorrem, em sua maioria, na casa da vítima e do suspeito, de acordo com o painel.

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