A escolha por Carlos Júnior (PSD) para a presidência da Câmara de Vereadores de Pelotas vem com uma tentativa de pacificar um pouco os bastidores do Legislativo, tão tensos nos últimos tempos, incluindo as várias reviravoltas para definir um nome para comandar a Casa. Junto à nova Mesa Diretora, assumem também novos vereadores. E é com essa energia de renovação e de necessidade de provar o trabalho é que o ritmo deve ser dado. Os últimos tempos, marcados por ranços e crises de egos, só serviram para atrapalhar ainda mais o desenvolvimento da cidade.
É importante o fato de que a Mesa Diretora tem em sua composição três vereadores de primeiro mandato: Tauã Ney (PSDB), Arthur Halal (PP) e Antônio Peixoto (PSD). Além deles, Paulo Coitinho (Cidadania) completa a composição. São figuras com muito a provar e espera-se que deixem de fora os antigos vícios do Legislativo pelotense, conhecido por todos. É necessário nesse momento unir equilíbrio e trabalho. Ser fiscalizador do governo de Fernando Marroni (PT), mas também propositivo para colaborar com temas que são caros para a população, não apenas dentro das paredes da Câmara.
Há muita coisa a ser feita. Por exemplo, precisa sair da gaveta o projeto da sede própria. Mas além disso, as contas de 2024 não podem ser esquecidas. Não tem cabimento o tanto de gasto além do projetado em viagens e diárias. Tem menos lógica ainda, pela primeira vez na história, o dinheiro ter acabado antes do fim do ano, ao contrário da prática de devolver a sobra para ser aplicada em outros setores. Há que se explicar o que aconteceu em termos de finanças, já que ninguém fala publicamente sobre e o Portal da Transparência não responde a todos os questionamentos.
A Câmara de Vereadores é fundamental para que Pelotas consiga andar para frente. Espera-se que os novos e os reeleitos, com o gás de salários inflados para o novo ano, tenham maturidade e seriedade para levar adiante assuntos que vão ajudar no desenvolvimento da cidade. É o único motivo pelo qual existem. Portanto, devem fazer valer o salário pago pelo contribuinte.