Cia de Dança Afro Daniel Amaro começa o ano com novos gestores

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Cia de Dança Afro Daniel Amaro começa o ano com novos gestores

Companhia pelotense passa por reformulação administrativa para se expandir e qualificar sua atuação

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Cia de Dança Afro Daniel Amaro começa o ano com novos gestores
Grupo de 24 bailarinos se divide em dez espetáculos (Divulgação)

“É difícil largar uma coisa que a tu construiu, que tem a mesma forma de gestão há muito tempo, estou apreensivo, mas estou confiante”, diz o coreógrafo e bailarino Daniel Amaro, diretor da Cia de Dança Afro que leva o seu nome, sobre a sua saída das gestões financeira e administrativa da companhia, a partir de 2025, quando a iniciativa do pelotense completará 25 anos. Assumem os cargos os bailarinos e professores Erick Dias e Mayson Brum.

Nos últimos anos Amaro acumulou as funções de gestão financeira, administrativa, coreografia, direção artística e ao mesmo tempo tem prestado serviços de consultoria e dado aulas. Em busca de mais tempo para desenvolver outros projetos, Amaro avalia que para a companhia crescer é necessário qualificar a estrutura de trabalho.

Mas o artista não nega, que nos últimos dez anos, a companhia  se projetou muito não só no cenário local, mas também fora do Estado. “Ela cresceu bastante, só esse ano nós fizemos quase 60 atividades, dá quase cinco ações por mês e a gente foi conquistando outros estados do país, por isso é impossível ficar tudo concentrado em mim”, explica o diretor. 

Erick Dias e Mayson Brum, que vão atuar, respectivamente, como gestores financeiro e administrativo, são crias da casa. “Tinha que ser gente que conhecesse como são as coisas. Eles foram e ainda são meus alunos e são formados em administração e gestão financeira. Muitos dos meus bailarinos são formados em licenciatura em dança pela Federal (Universidade de Pelotas)”, comenta.

Para o diretor esse é o momento da mudança na administração. Atualmente trabalham diretamente com a companhia 30 pessoas, destas 24 são bailarinos, que se dividem em dez espetáculos, além de iluminador, cenógrafo e contra-regra.

Equipe 

Com a mudança, Fabiana dos Santos, esposa de Amaro, passa a ser ensaiadora do grupo. Ainda integram a proposta, Juliana Coelho e Manoel Timbaí como pedagogos e Ludmila Coutinho, Naiane Ribeiro, Débora Mendes e Mayson Brum como professores, para aulas regulares e workshops. 

No último ano, para poder fazer viagens com a companhia e engrenar novos projetos, Daniel Amaro tem dado aulas somente no Espaço de Terapias Corporais Cláudia Weingartner. O grupo do Theatro Guarany ficou com a professora Ludmila Coutinho. Agora, provavelmente o diretor vai diminuir também seus dias como professor de dança afro.  

Desde o início deste ano, Amaro está focado, a partir de reuniões, com representantes do Ministério da Educação, Fundação Palmares e de Universidades, em criar um curso de especialização em Danças de Matriz Africana, por isso trouxe para o grupo os pedagogos Juliana Coelho e Manoel Timbaí, que estão desenvolvendo todo o programa de aulas. “A companhia tem que ser uma referência, não só no âmbito artístico, mas também como uma empresa da área da cultura. Esse é o objetivo dessa mudança”, fala Amaro.

Novos projetos

A agenda de 2025 da companhia começa agora em janeiro, com o Festival Internacional de Música do Sesc, que vai ocorrer pela primeira vez na Charqueada São João. Para essa apresentação, Amaro promete uma coreografia nova. “Vamos ter a oportunidade de trabalhar com outros grupos que trabalham com a cultura afro. Vai ser uma oportunidade única do Festival estar nesse lugar, vai ser muito bacana.”

Antes disso, a companhia realiza em Pelotas, nos dias 10, das 19h30min às 21h30min, 11 e 12, das 10h às 12h. um workshop de Gafieira banto e Corpo samba, com o coreógrafo carioca João Carlos Ramos, no Clube Cultural Chove Não Molha. Informações e inscrições pelo whatsApp (53)98112-4459. 

 

 

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