Diante da decisão de Arthur Halal apoiar o bloco de oposição à candidatura do próprio partido, o presidente municipal do PP, Paulo Gastal, afirma que Arthur tem o dever partidário de votar em Michel Promove, candidato do partido à presidência. Gastal sustenta que a candidatura está de pé e que se houver dissidência ou “rompimento com os dogmas do partido”, irá se buscar a perda do mandato.
“Ninguém é obrigado a permanecer filiado a partido algum, mas quem está no Progressistas tem o preço e o dever de fidelidade partidária. Havendo voto contra o Michel ou abstenção, nós vamos pleitear a perda do direito ao exercício do mandato, pela quebra do dever de fidelidade partidária”, diz Gastal.
O presidente do PP defende que a candidatura de Michel tem total apoio do presidente estadual do partido, deputado Covatti Filho, que irá conversar com o PL a nível estadual e federal para buscar uma unidade em Pelotas.
Defesa
Arthur Halal reitera que há dois blocos, um da base do governo e outro da oposição. “Nunca tive conversa com o governo, então o bloco que eu fico mais perto é de uma oposição responsável”, diz. Sobre a relação com o partido, ele defende que segue a linha do PP nacional e estadual de oposição ao PT.
O vice-presidente do partido, Pedro Piegas, disse ter se surpreendido com a declaração de Gastal. Ele defende que Halal é fiel ao partido e critica os apoios a Fernando Estima (PSDB) no primeiro turno, a Marciano Perondi (PL) no segundo turno e a Fernando Marroni (PT) agora. “Uma parte importante do PP não tolera adesão à base do governo, o que sequer faria sentido”, diz Piegas.
“Recebo com muita tristeza a ameaça feita pelo presidente, já que nossa posição representa alinhamento com nossas bases partidárias de centro-direita. Se alguém comete infidelidade partidária é aquele que se alinha contra o conteúdo pragmática de nosso partido”, afirma.