“É uma experiência que vai possibilitar fazer conexões com a sua história”

Abre aspas

“É uma experiência que vai possibilitar fazer conexões com a sua história”

Rosiani Battisti, 51, organiza evento neste sábado em Pelotas

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“É uma experiência que vai possibilitar fazer conexões com a sua história”
Formada em Comunicação e Psicologia, ela promove o encontro “Somos Feitos de Histórias”. (Foto: Divulgação)

Rosiani Rossato Battisti, 51 anos, é formada em Comunicação e Psicologia. Recentemente, com a pandemia, iniciou a formação em Psicanálise Vincular no Instituto Contemporâneo de Psicanálise e Transdisciplinaridade de Porto Alegre (2023). Neste sábado (23), Rosiani promove o encontro “Somos Feitos de Histórias”, dedicado a valorizar narrativas pessoais e coletivas. Será das 10h às 13h, no Espaço de Arte Daniel Bellora, rua Três de Maio, n.º 1.005.

Sobre o que se trata esse evento de sábado e qual o seu objetivo?

O principal objetivo do evento é salientar a importância das histórias nas nossas vidas. Também incentivar que se mantenha a tradição de ler com e para as crianças e, principalmente, reforçar a importância das crianças e adolescentes conhecerem as suas histórias, as histórias de suas famílias, do local onde vivem e de outras épocas. É importante ensinar à criança e lembrar ao adulto que, possivelmente, há diferentes ângulos e versões da mesma história.

Como surgiu a ideia de promover essa iniciativa?

O evento reúne um pouco do que acredito há anos, inspirado por histórias infantis dos ‘disquinhos’ de vinil e pela citação de Eduardo Galeano: ‘Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias’. Em um ateliê clínico com Marion Minerbo, aprendi a valorizar as histórias cotidianas que moldam cada indivíduo, como situações corriqueiras que ganham sentidos únicos. Durante quase dois anos no Departamento Científico do Instituto Contemporâneo de Porto Alegre, percebi a riqueza de palestras com temas bem costurados e o valor do presencial. Este evento, nascido de uma conversa com Ricardo Ayres sobre artes durante uma viagem de ônibus e inspirado em outro adiado pelas enchentes de maio, busca romper com fórmulas prontas e destacar que cada história é única, pessoal e transferível nos encontros que construímos ao longo da vida.

Que tipo de histórias serão contadas durante o evento?

Cada participante escolheu um tema central, com base em suas experiências nas áreas de contexto histórico, arte e psicanálise, apresentadas de forma acessível. A psicanalista Lúcia Grigoletti, Doutora em Linguística (UCPel) e CEO da Unibbsul, apresenta o tema ‘Somos feitos de histórias para nos construir, nascer e crescer’. Ricardo Henrique Ayres Alves, Doutor em Artes Visuais (UFRGS), abordará histórias impressas nos corpos. O psicanalista Paulo Luis Rosa Sousa, Doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de Buenos Aires, tratará de ‘Somos feitos de histórias de mamãe’. Suéllen de Medeiros Cortes, professora e Mestranda em História (UFPel), falará sobre ‘Somos feitos de histórias de lugares de memória’. O momento de interação com o público, livre e imprevisível, promete revelar até onde a escuta dessas histórias pode nos levar.

Como você espera que os participantes se sintam ou o que espera que eles levem do evento?

Este encontro não é um curso, não é um evento acadêmico, não é uma jornada. É um momento para ‘pensar na vida no sentido da existência’, como diz Vítor Ramil. É uma vivência, uma experiência que vai possibilitar fazer conexões com a sua história. Tenho certeza que será muito inspirador. A intenção é fazer, pelo menos, um encontro anual nesse formato, com psicanalistas e profissionais das mais diversas áreas, porque a transdisciplinaridade não pode ficar só no discurso e no meio acadêmico, é para a vida. Assim como quando se fala em diversidade, o discurso é importante, mas não basta.

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