Apesar do pequeno atraso em função do solo encharcado, os três principais municípios produtores da região sul, Arroio Grande, Rio Grande e Pedro Osório encontram-se no período de plantio da melancia. A expectativa é de aumento de safra em 2025, visto o acréscimo de 50 hectares em propriedades localizadas em Arroio Grande.
Possivelmente, os transtornos gerados pelo excesso de umidade no solo e atraso no começo da plantação – tradicionalmente, começa na segunda quinzena de outubro – devem impactar a colheita precoce, mas sem prejuízo à safra. “Nas duas últimas semanas o plantio foi intensificado. Mesmo com previsão de estiagem nos próximos meses, a expectativa da safra é boa”, diz o assistente técnico regional de fruticultura e supervisor Regional da Emater, Edgar Norenberg.
A previsão é de que Arroio Grande passe de 200 para 250 hectares plantados. Ano passado, de acordo com o censo realizado pela Emater, Rio Grande contava com 180 hectares e, Pedro Osório, 190. “A produção normal da região varia entre 13 e 14 mil toneladas, mas com o acréscimo de área plantada a produção final deve aumentar”, aposta Norenberg.
De acordo com o presidente Ceasa Pelotas, José Benemann, a safra de 2025 deverá ser melhor do que a de 2024. “Ano passado a melancia estava cara, mas esse ano o valor deverá baixar motivado pelo aumento de área plantada em estados como Bahia e São Paulo”, diz.
Cenário estadual
Conforme dados da pesquisa Radiografia da Agropecuária Gaúcha, com dados da da safra 2023/2024, o Estado está entre os maiores produtores de melancia do país, registrando-se o cultivo em 347 municípios. Nos últimos anos, a metade sul registra redução de área plantada devido à concorrência da soja.
No cultivo de sequeiro, Rio Grande encontra-se em sétimo lugar entre os maiores produtores do Rio Grande do Sul. No cultivo irrigado, Pedro Osório e Arroio Grande estavam em terceiro e quarto lugares, respectivamente. Amaral Ferrador está na sexta posição. No cenário nacional, o Estado ocupa a quarta posição.