Livraria do Globo lança importante obra de autor jaguarense
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira21 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Livraria do Globo lança importante obra de autor jaguarense

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A Livraria do Globo de Porto Alegre lançou há um século a obra História literária do Rio Grande do Sul, escrita por João Pinto da Silva,  jornalista jaguarense que atuou também como cronista, poeta, crítico literário, historiador e diplomata. O autor é considerado um dos principais críticos literários ativos no Rio Grande do Sul no início do século 20 e o pioneiro na sistematização da história da literatura sulina.

Obra teve reedição revista e ampliada em 1930 (Reprodução)

Oriundo de uma família sem posses, Pinto da Silva foi trabalhar ainda bem jovem como ajudante de tipografia no jornal Diário de Jaguarão, depois foi tipógrafo do Comércio, passando em seguida a redator. Atuou também como agente do jornal Situação, órgão do Partido Republicano e, posteriormente, fundou o jornal Liberdade. Formado em Direito em 1910, foi nomeado procurador público interino da comarca de Jaguarão. Em 1911 foi para Porto Alegre, assumindo como 2º escriturário da Secretaria de Obras Públicas do Estado.

Na capital se manteve atuante no jornalismo, escrevendo para jornais como A Federação, também do Partido Republicano, como comentarista político, e no Diário de Porto Alegre, do qual também foi chefe de redação a partir de janeiro de 1917. Mas o jaguarense ainda colaborou com as revistas Illustração Pelotense, Província de São Pedro e Máscara (desde o primeiro número), publicando poesias, crônicas e crítica literária.

A partir de 1916 dividiu com Mansueto Bernardi a direção de publicação da incipiente editora da Livraria do Globo. O primeiro projeto foi o Almanaque do Globo (1917).  Neste período sua produção literária toma corpo em forma de livros, como: Vultos do meu caminho — Estudos e impressões de literatura (1918,) Bolhas de espuma — Crônicas 1916-1919 (1920), Fisionomia de novos (1922)  e História literária do Rio Grande do Sul (1924), livro este que teve uma, segunda edição, ampliada, dois volumes, 1926-1927, e um terceira edição, corrigida e ampliada em 1930. Tem ainda no currículo, A província de São Pedro: interpretação da história do Rio Grande (1930).

Além das letras

Foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul em 1920, e membro da sua comissão de Arqueologia, Etnografia e Paleontologia. 

O escritor foi casado com Marieta Faria Brás, com quem teve o filho Paulo. Em 1921 se casou pela segunda vez, com Adelina Monteiro. A partir da década de 1930 começou a carreira de diplomata. Nascido em Jaguarão, João Pinto da Silva morreu em Genebra aos 61 anos, como cônsul geral do Brasil, na Suíça. 

“Ninguém se devotou com mais constância do que ele ao estudo dos homens, dos fatos e das letras do Rio Grande do Sul. Toda a sua vida de escritor e homem de pensamento, aqui e fora daqui, pode-se dizer que foi consagrada ao empenho, não de exaltar gratuitamente a gente e a terra desta extremadura, senão de entendê-las e fazê-las entender”, escreveu o jornalista, político e escritor Moysés de Moraes Vellinho.

Fonte: Jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Fábrica Lang completa 110 anos de fundação

Fábrica atuava em diferentes setores (Reprodução)

A Fábrica Lang, pioneira do Grupo Industrial Lang, comemorou no dia 20 de setembro de 1974 110 anos de atividades. O empreendimento foi fundado em 1964 por Frederico Carlos Lang, imigrante vindo da Alemanha para o Brasil em 1861. 

A atividade começou como uma pequena fábrica de sabão e velas na Estrada da Costa, no Areal e, mais tarde, num galpão de 600 metros quadrados próximo ao arroio Pepino, onde em 1870 produzia sabão perfumado e sabonete.

Na década de 1970, além da Fábrica Lang, o  Grupo Industrial F.C. Lang atuava simultaneamente em outros setores, integrando a Pommerening – Conservas Alimentícias e a Sintequim – Indústria Farmoquímica. A Pommerening estava em expansão, com um aumento na produção em 1.200% a partir de 1971 até aquela data. A expectativa naquele ano era de produzir cerca de seis milhões de latas e duas mil toneladas de morangos congelados. A indústria ainda beneficiava e vendia arroz.

Por sua vez, a Sintequim produzia drogas farmacêuticas para atender, inicialmente, o mercado nacional e, posteriormente, o mercado internacional. Associada a outra indústria do ramo produzia as ampicilinas.

Fonte: Jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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