“A ideia da campanha é ser extremamente propositiva”
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“A ideia da campanha é ser extremamente propositiva”

Danilo Rodrigues é sobrinho-neto e candidato a vice de Irajá Rodrigues (MDB); ele promete ser atuante e diz não ver problema em parentesco

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Atualizado quinta-feira,
12 de Setembro de 2024 às 17:52

“A ideia da campanha é ser extremamente propositiva”
Danilo Rodrigues concorre ao lado do tio-avô, Irajá Rodrigues. (Foto: Divulgação)

O bancário Danilo Rodrigues é candidato a vice-prefeito de Pelotas em chapa pura liderada por seu tio-avô Irajá Rodrigues. Ele é o terceiro entrevistado do A Hora do Sul nesta rodada de conversas com os candidatos a vice.

Como surgiu a sua candidatura a vice-prefeito de Pelotas?

Eu já era pré-candidato a prefeito, tinha um grupo no partido que começou a fomentar meu nome e isso foi ganhando um certo corpo. Acabou que as peças foram se encaixando e a gente acabou ficando com a candidatura do Irajá em chapa pura. A gente buscou uma composição partidária que pensasse em Pelotas, um conjunto de ideias que fosse interessante de apresentar nesse momento como uma alternativa. Ainda tinha a possibilidade de estar em coligação com o PDT, a gente não fechou essa composição e acabamos mantendo a ideia da candidatura própria. No processo de escolha do vice, tinha alguns nomes na mesa e meu nome surgiu ao natural. Houve o questionamento sobre sermos parentes, tio-avô e sobrinho-neto, e teve gente que defendeu que é justamente esse acolhimento que Pelotas precisa.

Como fazer a candidatura ser viável contra partidos com coligações e fundos eleitorais maiores?

Primeiro que o nome do Irajá é muito conhecido. A cada bairro que a gente vai, as pessoas nos convidam para entrar e nos mostram dentro de casa um porta-retrato com a fotografia dele. A gente chega nos locais e é surpreendido pela receptividade, isso para mim é um grande termômetro então. Tem 88 anos, mas é uma figura que fez muito por Pelotas, já tem uma história e um legado que muitas pessoas reconhecem. A ideia da campanha é ser extremamente propositiva, a gente não tem tempo de TV, mas consegue compensar na exposição direta das nossas ideias sem precisar se submeter a interesses de outros partidos.

Caso eleito, qual vai ser o seu papel como vice-prefeito?

O Irajá é um ser pensante, tem uma grandeza de visão e uma capacidade de raciocínio lógico extraordinários. Isso tem que ser explorado. O fator idade é claro que dá uma fragilizada na mobilidade dele, e essa mobilidade está no seu candidato a vice. Vou ser cabeça pensante junto com ele para discutir ideias, existe uma relação direta de confiança. A gente fez todo o plano de governo em conjunto. A população traz que um dos principais problemas é a zeladoria, o buraco no bairro, e a gente tem proposta para isso. A população trouxe a questão da saúde, nós temos ideia de avançar na saúde, como já fizemos em outros governos do MDB. Então nós temos a condição retomar o projeto que lá atrás foi iniciado e trazer para a realidade atual com inovação e com geração de emprego.

Faz parte do projeto ser um sucessor do Irajá?

Não faz parte de um projeto, mas faz parte do processo que o vice se torna um pré-candidato a prefeito naturalmente. Depende muito da situação do cenário eleitoral. Não vejo isso como um demérito, bem pelo contrário. Acho que isso é um processo natural, independente de ser eu ou outra pessoa.

Quais os desafios de Pelotas hoje?

Dentro do plano de governo a gente está trazendo muito forte o eixo de desenvolvimento econômico e sustentabilidade a partir de algumas linhas, o turismo é uma delas. O turismo tem o potencial de movimentar a economia de uma forma rápida, com ações que o próprio governo pode propor para gerar emprego e renda movimentando a economia da cidade. A gente tem outras questões que envolvem a parte financeira do município que devem ser pensadas, e aí eu estou falando de pensar num centro administrativo, congregar diversas secretarias que estão geograficamente afastadas para tentar aproximar e também reduzir o custos dos aluguéis.

Como superar a situação financeira do município?

A gente precisa ter dentro do governo uma auditoria interna para avaliar as ações de cada uma das secretarias para poder entender os recursos que de fato são necessários e direcionar para onde precisa. Tem todo um processo operacional de desburocratização que a gente não vai poder fugir.

Como fomentar a integração com o resto da região para um desenvolvimento conjunto?

No contexto do turismo, a política de parcerias com a região dá para ser muito bem aproveitada. Aqui tem um potencial a ser explorado, e eu vejo como real essa possibilidade a curto prazo. Pelotas é uma cidade importante nesse eixo de desenvolvimento.

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