Os destaques da Zona Sul em índices de inovação e desenvolvimento mostram que o potencial intelectual da região é hoje o grande “produto” a ser desfrutado. Outrora formadora de mão de obra, cada vez mais a região desponta como um celeiro de cérebros criativos que trabalham em prol da tecnologia, impulsionados por um ambiente pulsante de inovação, fomentado pelas universidades e parques tecnológicos.
Há muito tempo se fala que Pelotas pode se tornar o “Candy Valley”, uma referência ao Vale do Silício, espaço de grande inovação nos Estados Unidos da América. É, inclusive, o nome do coletivo de startups daqui. Os dados mostram que a cidade, junto a Rio Grande, é um dos lugares com maior concentração de ambientes de inovação, incubação e produção de tecnologia no Brasil.
Dados os números, é essencial que se dê força para esse ambiente. É sempre importante lembrar que, por exemplo, a Lei da Inovação, voltada a manter nossos cérebros aqui, entre outros pontos, segue criando poeira em alguma gaveta na nossa câmara de vereadores. Em período eleitoral, muitos reforçam a Pelotas do futuro, sendo que isso passa necessariamente pelo que é produzido aqui. E este cenário não é utópico: na área da saúde, por exemplo, a cidade já é referência em produção de capital tecnológico para todo o país. Na sexta-feira, noticiamos o case da Freedom, para citar apenas uma.
Portanto, o fundamental é estimular esse crescimento. Pelotas, enquanto cidade, não pode ser um entrave para este cenário. Precisa fundamentalmente estimular essa criação de cérebros e a produção científica em prol do desenvolvimento local. A cada novo empreendimento a partir disso, a cidade toda cresce, com captação de impostos, geração de renda e impulsionamento da qualidade de vida e de capital humano.