“A nossa busca é criar produtos que possam ser reutilizados”

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“A nossa busca é criar produtos que possam ser reutilizados”

As artesãs Danielle Lima e Sidimara Pavan transformaram uma iniciativa caseira em negócio

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Atualizado segunda-feira,
12 de Agosto de 2024 às 08:35

“A nossa busca é criar produtos que possam ser reutilizados”
Danielle e Sidimara criaram a Papeleiro Maluco em 2018. (Foto: Ana Claudia Dias)

Uma iniciativa caseira se transformou em um negócio para as artesãs Danielle Lima, 51, e Sidimara Pavan, 53. A partir da própria experiência de Daniela no reuso dos cadernos dos filhos, nasceu a Papeleiro Maluco em 2018.

No empreendimento as sócias criam e confeccionam cadernos costurados ou com espiral, agendas, lista de compras e planejadores pessoais, entre outros itens, tendo como insumos principais papel e tecidos.

Além de oferecer aos clientes um material personalizado, as empreendedoras têm a preocupação de diminuir ao máximo o impacto ambiental que os produtos podem causar.

Essa ação acontece de duas formas: com a redução da quantidade de lixo no processo artesanal e estímulo para que os clientes a reusem o produto adquirido.

Danielle, qual é o conceito do empreendimento?

A nossa busca é criar produtos que possam ser reutilizados, por exemplo, tanto os planejadores quanto os cadernos tu podes refilar, tu compras um refil. A gente dá essa condição aos produtos, exceto o costurado a mão.

Quem procura um material como o de vocês?

Pelotas é um polo universitário, então professores e acadêmicos formam a grande parcela da nossa clientela. Também o público em geral que gosta de papelaria, independente de ser ou não do meio acadêmico, ele vem aqui.

Como surgiu a iniciativa?

Eu comecei a fazer em casa, para reciclar os cadernos dos meus guris. Eu vi que tem muita coisa que vai pro lixo que não é lixo. A Papeleiro busca essa questão da reciclagem. A gente começou a reciclar materiais, aí começou aquela coisa assim: tu faz pra mim um bloquinho? Daí a gente começou a fazer produtos novos, não só os reciclados, para oferecer para as pessoas que nos pediam.

Vocês perceberam que havia ali uma oportunidade comercial?

Percebemos que tinha um campo a ser explorado e quem busca o nosso produto sabe do incentivo ao reuso. Queremos que as pessoas entendam que tu podes ter um consumo sustentável.

E como vocês seguem esse conceito?

Eu tenho a minha produção sustentável. Eu não uso plástico, temos uma série de cuidados, para que a pessoa que compra saiba que a ideia é que a gente não crie lixo.

Mas o que vocês fazem com as sobras?

Por exemplo, eu faço meu caderno, aí sobram pedacinhos de tecidos que não servem pra nada, eu faço eles virarem uma tag. São pedacinhos de tecidos que viram tags para marcar presentes, tem gente que acaba utilizando como marcador de livro. Hipoteticamente esses pedacinhos de tecido poderiam ser descartados, mas virou algo que não foi pro lixo. Então a sustentabilidade está sendo garantida.

Onde vocês comercializam os produtos?

Basicamente nas feiras, mas a gente oferece acesso também pelo Instagram e pelo WhatsApp. Temos também uma loja parceira, uma colab de artesãs, que se chama Colmeia das Gurias.

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