Empresário diz que vai colaborar com a CPI do Pronto Socorro
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Investigação

Empresário diz que vai colaborar com a CPI do Pronto Socorro

Em entrevista exclusiva, dono de empresa de portaria diz que vai responder a todos os questionamentos

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Atualizado quinta-feira,
01 de Agosto de 2024 às 09:52

Empresário diz que vai colaborar com a CPI do Pronto Socorro
Empresa teria recebido R$ 270 mil em notas duplicadas (Foto: Gustavo Pereira)

O empresário Matheus de Souza Leão afirma que irá falar em depoimento à CPI do Pronto Socorro (PS). Ele é dono da empresa de portaria que supostamente recebeu pagamentos duplicados do Pronto Socorro no ano passado. 

  • Não ficarei em silêncio, pretendemos responder a todos os questionamentos e colaborar com os trabalhos da CPI”, disse, em entrevista exclusiva à coluna.
  • Ele diz que irá depor quando for ‘devidamente convidado’. “Acredito que ir apenas fisicamente lá e nada colaborar não vai acrescentar em nada e nem aos trabalhos da casa”.

Questionado sobre as notas duplicadas, Matheus diz que irá esclarecer no momento da oitiva. Já sobre o uso das notas fiscais emitidas pela empresa, ele afirma não ter elementos suficientes para comentar. “Nós não temos controle se as notas da empresa foram utilizadas por outros e para outros fins”.

  • O empresário sustenta que a sua relação com Misael da Cunha, ex-diretor administrativo e financeiro do PS, era apenas profissional.
  • A empresa de Matheus prestou serviço de portaria ao PS entre 2020 e o início deste ano.

A M de Souza Leão Ltda teria recebido R$ 270 mil em quatro notas duplicadas ao longo de 2023. Em depoimento, contadora da Secretaria de Saúde revelou que identificou R$ 782 mil em inconsistências nas contas do PS em 2023.

Por que isso importa

Além de Matheus, sua mãe Eva Regina, também é procurada para depor à CPI. Diferente de Matheus, no entanto, a empresa de Eva Regina nunca prestou serviços ao poder público, como sustenta sua defesa.

  • A CPI também quer ouvir Misael da Cunha. Ele aparece em depoimentos como um gestor absoluto da parte financeira do PS. Misael foi afastado no começo do ano, quando o caso veio à tona. 

O presidente da CPI, vereador Rafael Amaral (PP), afirma que a comissão teve dificuldades para contatar Misael e intimá-lo a depor. Além disso, Misael obteve um habeas corpus que lhe garante o direito de ficar em silêncio.

Odineia da Rosa, diretora-geral do PS, também foi afastada e já depôs à CPI.

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