Próximo a completar três meses da enchente que destruiu cidades e famílias no Rio Grande do Sul, as medidas adotadas em Pelotas ainda impactam nos resultados. O trabalho da Defesa Civil segue no processo de receber as demandas dos municípios atingidos, analisando os relatórios, organizando os dados e fazendo a ligação entre Estados e União. Na coordenação Regional da Defesa Civil, o coronel Marcio André Facin, faz uma análise do desempenho até o momento e o que pode ser feito para melhorar o atendimento das demandas da sociedade diante dos desastres climáticos.
Quase três meses depois, o que senhor tira de lição do trabalho da Defesa Civil na Região?
Em primeiro lugar, o que nós saudamos é a forma como trabalhamos. Essa integração que foi maturada, aprofundada ao longo do evento que ocorreu em maio e junho, ela deve continuar e ser ainda mais trabalhada e aperfeiçoada.
Como está o relacionamento com os municípios atingidos pela enchente?
Todas as demandas que chegam, e elas continuam a chegar, porque os estragos que ocorreram em maio são diferentes das demandas de agora, quase iniciando agosto. Continuamos tendo uma fluência entre municípios com os governos do Estado, Estado e União no sentido de carrear recursos que são necessários para as nossas comunidades o mais breve que for possível.
O que é preciso melhorar no sistema de atendimento da Defesa Civil?
São muitas lições a partir de agora. Nós, como sociedade, como ente público, nós como Defesa Civil vamos tirar de tudo isso que ocorreu para melhorarmos todo o nosso Sistema Nacional de Defesa, agregando, integrando a cada dia, mais e mais municípios, Estado e União para poder chegar à comunidade tudo aquilo que é necessário para o pleno restabelecimento, plana reconstrução e para que a vida possa ser desenvolvida naturalmente.
O trabalho integrado aplicado em Pelotas pode ser exemplo em outras regiões?
O nosso trabalho vem sendo apontado como algo positivo há tempos. Já foi assim na segurança pública, na pandemia e agora na enchente. Não há, na nossa opinião, forma mais moderna, mais prática, mais objetiva da gente trabalhar as questões em prol da comunidade do que estando todos integrados. Temos recebido vários questionamentos sobre o nosso trabalho, e o que foi positivo está sendo levado para outras partes. Continuamos aqui, na coordenação Regional e, em Porto Alegre para levar a nossa vivência e assim a Defesa Civil do Estado cresça e possa atender da melhor forma possível a sociedade gaúcha.