A chegada dos visitantes nesta quarta-feira (17), dia de abertura da 30ª Fenadoce, trouxe alívio para as doceiras e demais expositores, que aguardam o ano inteiro pelo evento. Neste ano, a expectativa é que a Feira repita o público do ano passado, de 314 mil pessoas, com a perspectiva de comercialização de 1,8 milhão de doces. A 30ª edição gera cerca de 1,5 mil empregos diretos e dois mil indiretos.
O primeiro visitante da Fenadoce, que aguardava a liberação da entrada do público no início da tarde, veio a Pelotas pela primeira vez especialmente para conhecer a feira com o propósito de empreender. De Sombrio, Santa Catarina, Ivan Rafaelli quer conhecer as docerias e a comercialização das iguarias para fechar novos negócios. “Estive em umas empresas olhando os doces e me interessei, temos uma distribuidora de ovos. É uma empresa de ovos líquidos, vim buscar um novo mercado para comercializar”.
Abertura
Os portões da Fenadoce estavam abertos há apenas alguns minutos e a grande maioria das docerias já estavam prontas com centenas de variedades de doces para oferecer ao público. No espaço da Fábrica do Doce, as mãos ágeis de vários profissionais estavam preparando doces finos e cristalizados. O local sempre chama a atenção e fica rodeado de visitantes, que assistem a montagem das iguarias. “As gurias estão trazendo as massas que vêm lá da fábrica e aqui a gente vai montando. As pessoas têm a curiosidade de ver como é o manuseio”, explica a doceira Daiane Baldez.
Cristalizados e coloniais
Além dos doces finos, prática que se inicia em Pelotas pelas receitas trazidas de Portugal, outras influências coloniais também deram fruto a delícias que agradam a muitos paladares, como os doces cristalizados. Uma das bancas especializadas nas tradicionais sobremesas participa da Fenadoce desde a primeira edição. Com produção familiar, são mais de 70 anos dedicados à fabricação.
Revenda de doces
No estande da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, as caixas brancas cheias de doces chegam a todo momento. No local, são comercializadas as milhares de iguarias produzidas diariamente pelas 20 associadas, inclusive, de quem não pode estar com uma banca na feira. “Quem não consegue vir para a Fenadoce também tem seu doce vendido”, garante Jaqueline Maia.
Para a doceira, apesar dos motivos trágicos, o adiamento do evento também pode ser visto por um lado positivo, pois durante o período não há previsão de chuvas intensas e o frio está mais ameno. “A gente vai pegar uma época boa, acredito que vamos fazer boas vendas e superar a nossa expectativa de público”.
Agricultura Familiar
Assim como em todas as edições, um dos espaços mais prestigiados é o da Agricultura Familiar. Os 70 estandes com agroindústrias e produções rurais oriundas de 39 municípios chamam a atenção pela diversidade de produtos coloniais e pela simpatia dos expositores, que sempre têm um aperitivo para oferecer aos visitantes. São itens como queijos, embutidos, compotas, biscoitos, pães, mel, geleias entre outros.