Obras do novo Hospital Escola podem começar em dois meses
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Setembro de 2024

Saúde

Obras do novo Hospital Escola podem começar em dois meses

Em coletiva, reitora da UFPel e superintendente do HE apresentaram o projeto final e o cronograma do processo licitatório

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Obras do novo Hospital Escola podem começar em dois meses
Reitora Isabela Andrade e a superintendente do HE, Carolina Ziebell, em coletiva nesta quinta-feira (Foto: Heitor Araujo)

Em uma estimativa otimista, o novo Hospital Escola (HE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) pode ficar pronto em outubro de 2027. As obras, se não houver contestações no edital, podem começar em setembro deste ano.

A reitora da UFPel, Isabela Andrade, e a superintendente do HE, Carolina Ziebell, concederam entrevista coletiva ontem para falar sobre o processo licitatório e dar novos detalhes sobre o projeto, com imagens de como será o espaço.

Licitação
O processo de licitação para a construção dos dois novos blocos da unidade, localizada onde hoje é o setor de oncologia do HE, foi divulgado no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 8.

O valor total da obra está orçado em R$ 265 milhões. No dia 12 de agosto serão abertos os envelopes com as propostas das empresas interessadas, e até setembro já se ter a definição da contratada para dar início às obras, que tem previsão de 36 meses para conclusão.

Ziebell considera o projeto inovador para a Zona Sul, pois além de conciliar na mesma unidade o serviço de assistência à população com o ambiente de pesquisa e extensão da Universidade, pretende ofertar complexidades que atualmente não são tratadas na região.

“Teremos um impacto muito grande para a região, o maior é pela ampliação de complexidades. Diversas situações são encaminhadas a Porto Alegre porque não temos resolução aqui, são gargalos da cidade que vamos conseguir resolver, com uma nova estrutura mais qualificada e com o apoio dos cursos da Universidade”, diz.

A gestora, no entanto, disse ainda não ter as respostas sobre quais complexidades serão incorporadas na nova sede do HE. Atualmente, o espaço é referência em oncologia, que deve continuar entre os principais atendimentos do hospital.

Blocos
Dois novos blocos estão previstos nas obras a se iniciarem ainda neste ano. Atualmente, o Bloco 3 contempla os serviços de oncologia do HE.

O Bloco 1 terá oito pavimentos, sendo seis inicialmente habitados e outros dois para ampliações futuras de serviços. O espaço contemplará os leitos de internação, 274 no total, sendo 50 de UTI (20 adulta, dez pediátricas, dez neonatais e dez semi-intensivas neonatais), com possibilidade de ampliação de outros dez de UTI.

Aumentarão também as salas cirúrgicas, de três para sete, e amplia-se o chamado “parque tecnológico”, com exames que hoje são feitos em contratos terceirizados. “Otimiza o tempo de internação e o processo de cuidado com o paciente”, salienta Ziebell.

No Bloco 2 estarão os serviços ambulatoriais, central de exames como endoscopia, análises clínicas e centro de reabilitação (fisioterapia, terapia ocupacional e outros). Todos os pavimentos contarão com área de ensino para os cursos da UFPel que atuam no HE.

Futuro
A expectativa é que em setembro seja dada a ordem de serviço para o início das obras do novo HE, com a presença do presidente Lula (PT), segundo a reitora Isabela Andrade.

Andrade falou sobre os próximos passos a serem dados para a nova sede do HE. Espera-se que, além dos R$ 265 milhões para a construção, sejam necessários mais R$ 70 milhões para os mobiliários e equipamentos.

Segundo a reitora, a administração da Unviersidade e do HE estão em tratativas com parlamentares para ir atrás de novos recursos. “Nada está estagnado. O recurso [para a construção] foi a primeira parte, ainda temos muito trabalho pela frente”, relata.

A equipe de 1,5 mil pessoas que trabalha no atual HE deverá ser ampliada, ainda sem números definidos.

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