Dos 21 municípios da zona Sul que integram a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (3ª CRS), apenas nove alcançaram metas vacinais e foram reconhecidos pelo governo do Estado com o Selo Município Amigo da Vacina. Ao todo, 417 cidades gaúchas receberam o reconhecimento que valoriza as estratégias de imunização adotadas pelas prefeituras do Rio Grande do Sul. Com selos ouro, prata e bronze, foi levada em conta a cobertura das vacinas pentavalente, tríplice viral e HPV.
Na região, somente Turuçu alcançou o selo ouro ao atingir a cobertura ideal dos três imunizantes. Seis municípios foram reconhecidos com o selo prata e dois receberam o selo bronze. Os outros 12 municípios da região, incluindo Pelotas e Rio Grande, não atingiram a meta de nenhum dos imunizantes.
Para a vacina pentavalente, foram premiados municípios com coberturas superiores a 95% para a terceira dose em menores de um ano de idade. Para a tríplice viral, foi considerada uma cobertura acima de 95% de primeira dose em crianças de até um ano. Para a vacina contra o HPV, a cobertura esperada era de 80% para adolescentes e pré-adolescentes de 9 a 14 anos.
Enquanto em Turuçu a cobertura com a vacina pentavalente chegou a 110%, em Rio Grande o alcance foi de apenas 47% e em Pelotas chegou a 70%. Na tríplice viral, a cobertura de Turuçu foi de 103%, enquanto em Rio Grande foi de 58% e em Pelotas foi de 87%. Já na vacina contra o HPV, Turuçu chegou a uma cobertura de 83%, enquanto Pelotas vacinou apenas 47% do público-alvo e Rio Grande imunizou 58%.
Rio Grande foi o município da região com a pior cobertura da vacina pentavalente. No ranking negativo, também se destacam Pedro Osório, com a pior cobertura de tríplice viral (56%), e Amaral Ferrador, com a pior cobertura da vacina contra o HPV (26%).
Pelotas atribui baixa cobertura ao clima
Em nota, a secretaria da Saúde de Pelotas diz que não mediu esforços para alcançar a meta, e atribui o baixo alcance à crise climática que “impactou profundamente com o fechamento de UBSs e o remanejamento de equipes”.
“Assim que se tornou viável, as equipes de saúde retomaram esforços, orientando a população para a importância de seguir o calendário vacinal e divulgando intensamente as campanhas de vacinação nacionais, estaduais e a municipal ‘Quem ama protege’, além de atividades como a busca ativa de faltosos, vacinação nas escolas e atividades extramuros, para além das UBSs”, conclui a nota.
Para que servem as vacinas?
- A vacina pentavalente protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo B.
- A tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
- A vacina contra o HPV protege do Papilomavírus Humano, responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo e associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero, além de diversos outros tumores em homens e mulheres