Ex-dirigentes do Brasil são investigados pelo MP

Operação Marcola

Ex-dirigentes do Brasil são investigados pelo MP

MP/Gaeco cumpre dez mandados de busca e apreensão no RS e em Minas Gerais

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Atualizado quarta-feira,
10 de Julho de 2024 às 11:58

Ex-dirigentes do Brasil são investigados pelo MP
Investigados tiveram bens bloqueados e o sigilo bancário quebrados

Ex-dirigentes do Brasil estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP), em operação deflagrada nesta quarta-feira (10). As investigações referem-se ao período da gestão de Evânio Bandeira Tavares. Conforme apuração do A Hora do Sul, ao menos R$ 400 mil teriam sido desviados.

O ex-mandatário foi afastado do clube no ano passado para investigação interna de possíveis irregularidades, que são há bastante tempo de conhecimento popular relativas a verbas da CBF. As investigações do MP são relativas ao período de 2021 e 2023, segundo nota divulgada pelo Gaeco.

O Gaeco apura possíveis desvios e apropriações de recursos do clube pelos ex-dirigentes. São cumpridos dez mandados de busca e apreensão no município do Sul do Estado e em Contagem, Minas Gerais.

Bloqueio de bens

A decisão judicial que ordenou as buscas, atendendo a um pedido do MP, também decretou o bloqueio de valores e indisponibilidade de bens dos investigados, além de afastar o sigilo bancário dos suspeitos.

A chamada “Operação Marcola” é resultado de um procedimento investigatório criminal instaurado no ano passado após a atual gestão do clube de futebol procurar o 10º Núcleo Regional do Gaeco Região Sul e a Promotoria de Justiça Especializada de Pelotas.

As buscas ocorrem no estádio Bento Freitas, empresas, escritório de contabilidade e nas residências de três investigados, para apreender documentos, como contratos, pagamentos e notas fiscais, além de anotações diversas, dinheiro, celulares, notebooks e mídias digitais sobre irregularidades.

Verbas da CBF

Segundo a apuração, houve apropriação de parte de uma verba enviada ao clube pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), outra repassada por uma empresa patrocinadora do Brasil e uma terceira oriunda dos recursos provenientes dos sócios do clube.

O promotor Rogério Meirelles Caldas, do Gaeco Sul, destaca que “são recursos que foram recebidos pelos investigados para custeio das suas atividades em prejuízo ao próprio clube e também de um condomínio de credores existente na Justiça do Trabalho”.

Dois dos suspeitos faziam parte da antiga administração e um terceiro é presidente de uma associação privada. A ordem judicial cumprida em Minas Gerais é referente a um dos suspeitos que, atualmente, mora neste Estado da Região Sudeste. O mandado no estádio ocorre apenas para verificar se há ainda algum contrato remanescente da antiga gestão, já que a atual foi quem denunciou os delitos.

Operação Marcola

A operação tem esse nome em alusão a um torcedor ícone e que ganhou até uma estrela na calçada da fama do Bento Freitas: Argemiro Severo Gonçalves, o Marcola, falecido em 2002.

Direção se manifesta

A atual diretoria xavante se manifestou através de uma nota, enviada aos veículos de imprensa. “Dando sequência nas intenções da atual Executiva do clube, que possui como objetivo levar transparência ao torcedor, as buscas no Bento Freitas foram acompanhadas pelo presidente Gonzalo Russomano, que colaborou com as investigações para resgatar a transparência e a credibilidade do Grêmio Esportivo Brasil.”

O clube também irá se manifestar em entrevista coletiva após a partida desta quarta-feira, quando o Rubro-negro recebe o Avenida, no estádio Bento Freitas.

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