O jornal A Opinião Pública homenageou o major Martin Guilayn pelo seu aniversário, na edição de 8 de outubro de 1924. Guilayn era diretor da Light e sócio da Buxton, Guilayn & Cia, com sedes em Buenos Aires e Pelotas. A empresa foi responsável pela implantação da iluminação e dos bondes elétricos no município.

Os bondes elétricos passaram a circular em 1915 (Reprodução A.F.Monquelat)

De acordo com a publicação História em Revista, do Núcleo de Documentação Histórica da Universidade Federal de Pelotas, a  Buxton, Guilayn & Cia, surgiu efetivamente em 1919, substituindo a Buxton, Cassini & Cia, criada em 1899, em Buenos Aires, pelos sócios Harold B.Buxton, coronel Emílio Guilayn e o engenheiro Walter G. Cassini.

A Buxton, Cassini & Cia iniciou suas operações absorvendo o acervo da  Compañia Sud Americana de Electricidad, na capital argentina. “A empresa chegou no Rio Grande do Sul para investir diretamente na produção de energia elétrica. Em Bagé, onde o coronel Guilayn tinha propriedade, assumiu o controle da usina local entre 1899 e 1900.”

A partir de um acordo entre a companhia argentina e o grupo de capital inglês The Rio Grandense Light and Power Syndicate Limited, foi transferido um contrato assinado, em favor da empresa latina, com a intendência de Pelotas, em 1912. Dois anos depois, em 28 de junho de 1914, foram inaugurados os serviços de iluminação pública e distribuição de energia elétrica em Pelotas.

O contrato também previa o serviço transviário, que entrou em funcionamento em 20 de outubro de 1915. “Dizia o jornal A Opinião Pública, do dia 13 de outubro de 1915, que o pessoal que trabalhava no assentamento de trilhos para os bondes elétricos estava trabalhando dia e noite, a fim de que a inauguração do serviço fosse realizada no dia 20 daquele mês”, descreveu o pesquisador Adão Monquelat, no texto Os bondes elétricos em Pelotas (parte 1), no blog Pelotas de Ontem.

As obras foram conduzidas pela Buxton, Guilayn & Cia que também tomou parte na diretoria da Light, primeiro representada por Emílio Guilayn e depois por Martin Guilayn.

Fontes: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; A indústria da energia elétrica em Pelotas, Gunter Axt (UFRGS), publicado na História em Revista (número 2, 1996), do Núcleo de Documentação Histórica da Universidade Federal de Pelotas; Adão Monquelat (https://pelotasdeontem.blogspot.com/)

Há 50 anos

Semturpel propõe reeditar  Feira Municipal de Artesanato

O Serviço Municipal de Turismo (Semturpel) propôs reeditar no mês de outubro de 1974 a Feira Municipal de Artesanato, da qual participavam, além dos empreendedores de Pelotas, expositores de outras cidades da Zona Sul. As novidades para esse futuro evento eram a inclusão dos antiquários e das doceiras. Os interessados foram orientados a procurar o Semturpel para acertar os detalhes do evento. 

Atualmente a Feira das Pulgas, que acontece no largo do Mercado Central, é onde se pode encontrar antiquários e artesãos e outros expositores. A iniciativa ocorre aos sábados.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense