Rapper Pok Sombra é condenado a 15 anos de prisão
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira14 de Novembro de 2024

Tentativa de feminicídio

Rapper Pok Sombra é condenado a 15 anos de prisão

Agressões ocorreram no final de dezembro do ano passado em frente a uma criança de três anos

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Rapper Pok Sombra é condenado a 15 anos de prisão
O rapper está preso desde o dia 6 de janeiro. (Foto: Divulgação)

Luís Sérgio Jaekel, 35, conhecido como Pok Sombra, foi condenado a 15 anos de reclusão por tentativa de feminicídio. O rapper está preso desde o dia 6 de janeiro deste ano após ter sido acusado de agredir sua companheira, 34, no dia 29 de dezembro de 2023.

Na ocasião, a vítima teria pedido socorro e vizinhos a socorreram. Ela deu entrada no pronto socorro da Beneficência Portuguesa com machucados no rosto, provocados por chutes na cabeça. O caso repercutiu na Internet e, nove meses depois, o caso foi para o Tribunal do Júri.

“Ela foi muito agredida, muito machucada. Tudo na frente de uma criança de três anos, o que torna o fato mais grave, e por isso que enquadramos como tentativa de feminicídio. Não se tolera mais violência doméstica”, diz o promotor do caso Márcio Schlee. O Ministério Público pediu pena por feminicídio tentado com quatro qualificadoras e a majorante de pena por ter sido em frente à criança. Em caso de pena máxima, mas por ter sido tentativa há redução de um terço, explica.

Para o promotor, o resultado é muito importante para este caso e serve de alerta aos agressores. “Aquele que resolver agredir uma mulher tem que saber que a legislação é rigorosa. Temos dados que nos deixam aterrorizados e não vamos mais tolerar. Vamos fazer justiça”, enfatiza. A justiça acolheu integralmente a denúncia do MP.

Na ocasião, a vítima relatou à polícia que já havia passado por outros episódios de agressão e havia solicitado medidas protetivas de urgência contra o companheiro. O laudo médico do atendimento foi anexado ao inquérito instaurado para apurar o caso.

Relembra o caso

O crime ocorreu no dia 29 de dezembro. No boletim de ocorrência, registrado um dia depois, constou a situação de violência doméstica, relatada por policiais militares que atenderam ao chamado. Os vizinhos ouviram os gritos de socorro e chamaram a BM, mas a vítima havia sido levada para atendimento.

No Pronto Socorro da Beneficência Portuguesa, a vítima estava com o rosto inchado e a cabeça enfaixada. Ela aguardava pela realização de tomografia por causa dos chutes. Já o autor foi intimado a depor no dia 5 de janeiro e preso um dia depois.

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