Terceira entidade de classe participante da série de entrevistas feitas pelo Jornal A Hora do Sul, o Sindicato do Comércio Varejista de Pelotas (Sindilojas) também elencou um resumo das principais dificuldades enfrentadas atualmente pela classe lojista, assim como suas perspectivas de mudança para o novo governo municipal que começa a partir de janeiro de 2025.
Desafios
Conforme o presidente do Sindilojas, Renzo Antonioli, são dois os desafios principais: o primeiro deles, tem a ver com a questão econômica do município, visto que Pelotas tem uma renda per capta baixa por sua importância e tamanho da população. A segunda se refere à infraestrutura do município como um todo, que precisa ser qualificada. “Não só das vias e calçadas, mas também da acessibilidade para deficientes. As vias e paradas de ônibus são inseguras e é preciso qualificar os horários do transporte coletivo”, diz.
Contribuições
Como contribuições, a próxima gestão municipal precisa se atentar para a infraestrutura dos principais polos de comércio da cidade, e não só do Calçadão ou do Centro. “Pelotas tem um potencial de comércio nos bairros que é maior que muitas cidades do estado. Essas regiões estão abandonadas, inclusive na questão da segurança”, avalia Antonioli.
De acordo com o presidente, Antonioli diz que é preciso estimular a população a frequentar os centros de comércio e serviços com mais prazer de andar nas vias públicas, a partir de qualificação na limpeza, iluminação, segurança e infraestrutura básica.
Expectativas
Sobre as expectativas, o crescimento do setor secundário (setor industrial) é ponto importante, visto que é a área com maiores salários. “Precisamos desse equilíbrio entre rendas baixas, médias e altas para que o comércio e serviços cresçam nos próximos anos”, explica. Atualmente, o comércio e serviços são responsáveis por 60% de toda riqueza gerada no município. “Corremos um sério risco caso a próxima administração não consiga desenvolver economicamente a cidade de cairmos mais ainda no PIB”.